INVESTIGAÇÃO
Como foi o comportamento da mãe que matou a filha de 7 anos durante depoimento à Polícia
Delegado comenta sobre o caso da mulher de 31 anos investigada pela morte a facadas da filha em apartamento no Centro de Novo Hamburgo
Última atualização: 15/08/2024 10:46
Há cerca de uma semana, a família da pequena Anna Pilar Cabrera, 7 anos, vive um verdadeiro pesadelo. Na última sexta-feira (9), a menina foi encontrada morta na escadaria do Edifício Galeria Central, localizado entre as ruas Joaquim Nabuco e Lima e Silva, região central de Novo Hamburgo.
Desde então, muitas perguntas foram feitas por amigos, familiares, conhecidos, vizinho e até policiais. O que teria motivado um crime tão brutal? Afinal, ela foi esfaqueada pela própria mãe. “Não temos dúvidas da autoria”, revela o chefe da Polícia Civil do Estado, delegado Fernando Sodré.
No entanto, conforme o delegado, resta saber a motivação. “Temos algumas suspeitas, temos 10 dias para concluir o inquérito.” A mãe da vítima, Kauana Nascimento, 31 anos, está internada no Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH) sob custódia da Polícia.
Até o final da tarde de quarta-feira, ela seguia na casa de saúde hamburguense aguardando vaga na Associação Hospitalar Vila Nova, com a qual o governo do Estado tem convênio para pacientes custodiados. Conforme a FSNH, a realocação dela depende do Estado conseguir leito na instituição da capital.
“Assim que ela receber alta, será transferida para o presídio”, explica Sodré. Após cometer o crime a mulher se automutilou, precisando ir para o hospital.
O depoimento de Kauana, ainda no dia do assassinato, durou cerca de 15 segundos. “Ela não alegou nada, ficou em silêncio. Mas, antes de ficar em silêncio, desdenhou dos policiais e foi desrespeitosa”, afirma o chefe da Polícia Civil.
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Questionado sobre um possível histórico de violência familiar, Sodré reiterou que Kauana não possuía antecedentes e não havia denúncia contra a mulher. “Testemunhas afirmaram que a família aparentava não ter problemas. A menina [Anna] se mostrava feliz.”
Vizinhos, o pai da criança, que estava divorciado de Kauana, além de outras testemunhas, já foram ouvidos pela Polícia Civil. O objetivo principal da investigação é descobrir o que motivou uma mãe matar a própria filha com tamanha crueldade.