A Polícia Civil confirma que concluirá nos próximos dias o inquérito do empresário preso ao ser flagrado com mais de 200 mil arquivos de pedofilia no apartamento em que vivia em Canoas.
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O caso ganhou repercussão no mês passado. Foi no dia 26 de setembro que agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas prenderam o empresário durante cumprimento de mandado de busca e apreensão.
Segundo o delegado Maurício Barison, responsável pela investigação, o homem é “o maior armazenador de conteúdos de pedofilia do Rio Grande do Sul” e baixava compulsivamente material da internet. O delegado afirma que fotos e vídeos retratavam “estupros de crianças, bebês e até mesmo recém-nascidos”. Alguns dos atos violentos incluíam a utilização de “instrumentos religiosos”.
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“Ele será indiciado por armazenamento de pornografia infantil”, confirma. “Estamos aguardando somente o encaminhamento de um último [laudo] do Instituto-Geral de Perícias [IGP] para concluir o trabalho”, avisa.
O empresário, no entanto, segue em liberdade. Ele acabou sendo liberado por decisão judicial 48 horas após a prisão, durante uma audiência de custódia por recomendação do Ministério Público (MP).
Soltura
Em nota, o MP defendeu que “apesar da gravidade do delito, o parecer pelo pedido de liberdade provisória deve-se ao crime não preencher os requisitos para pedido de prisão preventiva”.
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Como justificativa, o Ministério Público apontou que o crime por armazenar material explícito envolvendo crianças tem pena máxima de quatro anos de reclusão e que a prisão preventiva só poderia ser adotada se o investigado fosse reincidente, o que não é o caso.
Assim, o empresário, dono de uma casa noturna, acabou saindo com medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica; comparecimento periódico em juízo a cada 30 dias para justificar suas atividades; recolhimento domiciliar no período noturno e dias de folga.
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Apuração
A investigação da Polícia Civil durou cerca de nove meses. Conforme apurado, o suspeito realizava downloads de arquivos da internet e os armazenava em diversos dispositivos, como notebooks e HDs externos, para dificultar o rastreamento da localização, segundo a Polícia.
Conforme Barison, diferentemente de outros casos investigados de armazenamento e compartilhamento de material envolvendo pornografia infantil, as vítimas que aparecem nas imagens passaram por um sofrimento intenso causado por agressores.
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“Ficamos chocados com o que encontramos, porque eram imagens de menores sendo torturados sexualmente de maneira que é difícil até de comentar com alguém”, avalia. “É muito triste que crianças passem por esse tipo de agressão.”
Canais de denúncia
– Disque 100;
– Site do Ministério dos Direitos Humanos;
– Delegacia Estadual da Criança e do Adolescente (POA) – (51) 2131-5700;
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– Departamento Estadual da Criança e do Adolescente – 0800-642-6400 ou (51) 98444-0606 (WhatsApp/Telegram);
– Brigada Militar – 190;
– Polícia Civil – Denúncia On-line.
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