O sonho de uma cirurgia estética se tornou um pesadelo para pelo menos 87 pessoas no Rio Grande do Sul. Elas foram vítimas de lesões corporais após passarem por procedimentos com o cirurgião plástico Leandro Fuchs, de Porto Alegre, entre os anos de 2018 e 2023.
O que os pacientes nem imaginavam era que muitas das cirurgias nem eram realizadas por ele e sim por médicos residentes ou recém-formados, que deveriam ser meros auxiliares. E o pior: sem supervisão. Eles acreditavam que Fuchs era o responsável por fazer os procedimentos e não eram avisados nem mesmo depois das cirurgias.
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A Polícia Civil afirma que um número expressivo de pessoas relatou às autoridades situações “que poderiam configurar práticas criminosas no exercício da medicina pelo investigado”. A maior parte das ocorrências policiais foram registradas como lesão corporal. Entre os casos, há complicações adversas decorrentes das cirurgias plásticas.
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O médico prospectava as pacientes através da Internet e fazia propostas de cirurgias com os “melhores resultados” e com “brindes”.
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Além de não supervisionar os médicos inesperientes durante as cirurgias, Fuchs não se preocupava com o tratamento pós-operatório, mesmo com os pacientes relatando dores ou outras complicações.
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Fuchs e outros 12 médicos foram indiciados nesta quarta-feira (11) pelos crimes de associação criminosa; estelionato; lesão corporal grave e gravíssima; e lesão Corporal culposa por imperícia.
O médico, representado pelo advogado Diego Marty, diz que “tem ciência da finalização desses inquéritos, e aguardará o posicionamento do Ministério Público”.
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