CANOAS

CASO DO FOTÓGRAFO MORTO: Julgamento de segunda envolvida em assassinato ocorre nesta sexta-feira; relembre o caso

Gustavo Bertuol Gargioni foi brutalmente assassinado em 2015

Publicado em: 14/12/2023 18:07
Última atualização: 14/12/2023 18:07

Está marcado para esta sexta-feira (15), a partir das 9h30, no Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Canoas, o julgamento de Paula Caroline Ferreira Rodrigues, acusada de levar o fotógrafo Gustavo Bertuol Gargioni para a emboscada em que terminou sendo brutalmente assassinado em 2015.

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A ré Paula Caroline Rodrigues Foto: Polícia Civil/Divulgação

O jovem, então com 22 anos, foi dado como desaparecido no dia 28 de julho daquele ano. Acabou sendo encontrado morto na Prainha do Paquetá, após ser torturado e executado com 19 tiros por Juliano Biron, então na época, conforme apuração da polícia, amante de Paula Caroline.

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Na época à frente da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, o delegado Marco Guns lembra que o caso está entre os mais complexos em que trabalhou. Isso porque não havia o aparelhamento de câmeras de segurança que existe hoje.

"Eles se relacionaram por dez meses", explica. "A ré conversava com a vítima por meio de aplicativos de bate-papo e se encontravam somente para manter relações sexuais", continua. "Isso acontecia sempre por iniciativa dela, que usava diferentes carros nos encontros."

O assassinato foi cometido por ciúmes, aponta o inquérito. Embora um homem casado, Biron não aceitava que Paula Caroline estivesse com mais alguém.

O que diz a defesa da ré

Nota dos advogados diz que "desde 20 de outubro [quando voltou à cadeia], Paula vem enfrentando injustiças. Ela está grávida e em custódia. Se encontra em uma penitenciária que não fornece mínimas condições para gestantes". A comunicação acrescenta que "as expectativas quanto ao julgamento são positivas, uma vez que tem vários elementos que são desconhecidos por todos. Provavelmente será um julgamento longo, pois vai exigir pausas em decorrência da gestação e a necessidade de explicar profundamente os fatos. Os advogados Sofia Santos de Freitas, Franklin Krauzer, Jean Severo e Rodrigo Schmitt afirmam com a maior certeza que ninguém sabe de fato o que houve e as teses serão resguardadas até o dia do plenário. Lá é o lugar do verdadeiro exercício da cidadania e democracia".

Julgamento adiado

O indiciamento de Juliano Biron e Paula Caroline pela morte do jovem fotógrafo aconteceu em novembro de 2015. Os dois acusados foram capturados em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Juliano Biron foi condenado a 20 anos e oito meses de prisão pelo crime de homicídio, durante Tribunal do Júri, organizado no dia 4 de fevereiro de 2020, em Canoas. Paula deveria ter sido julgada na época, mas não compareceu por problema de saúde. A acusada estava em liberdade provisória desde outubro de 2018, mas teve a prisão decretada no dia 20 de outubro. Conforme a Justiça, ela vinha tentando postergar o julgamento.

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