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EM IGREJINHA

Caso tem reviravolta e mulher volta a ser presa após alegar legítima defesa; veja o que se sabe

Homem foi encontrado morto amarrado e com sacola na cabeça com sinais de tortura na noite de terça-feira (30)

Juliano Piasentin
Publicado em: 04/02/2024 às 10h:40
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O caso da mulher que confessou ter matado um homem na noite de terça-feira (30) em Igrejinha, no Vale do Paranhana, teve uma reviravolta neste sábado (3). Segundo a Polícia Civil, a autora de 39 anos havia alegado legítima defesa. “Ela disse que foi violentada pela vítima, um homem de 27 anos, inclusive sendo estuprada”, afirmou o delegado regional Gustavo Barcellos.

Autora foi encaminhada para a DPPA de Taquara | abc+



Autora foi encaminhada para a DPPA de Taquara

Foto: Reprodução

No entanto, com os trabalhos de investigação intensificados, a Polícia realizou uma análise no celular da autora, verificando que a mulher era responsável por fazer tele-entregas de drogas na região. “O homem morto era seu cliente e estava devendo valores referentes a compra de maconha”, diz Barcellos.

O delegado explica que na sequência a DP de Igrejinha também recebeu o laudo pericial do Instituto-Geral de Perícias (IGP), no qual não se verificaram lesões decorrentes de abuso sexual na suspeita. “Os exames realizados também comprovaram que ela não havia se relacionado sexualmente recentemente e o sangramento verificado inicialmente era decorrente de menstruação.” Com a reviravolta, a mulher, que foi detida e liberada no dia seguinte [quarta-feira (31)], voltou a ser presa, desta vez de forma preventiva.

Tortura

O corpo do homem de 27 anos, que não teve a identidade divulgada, foi encontrado após vizinhos acionarem a Brigada Militar (BM). Eles afirmaram ter visto a vítima pela janela com um saco na cabeça. Ao chegar no local, no bairro Bom Pastor, a BM se deparou com a residência vazia e a suspeita, dona do imóvel, chegou na sequência.

Ela confessou o crime e afirmou que era vítima de estupro. “No depoimento, ela disse que conseguiu se desvencilhar do homem, pegar um pedaço de pai e acertá-lo diversas vezes no braço e cabeça. Depois amarrou com os braços para trás e o sufocou até a morte com um saco plástico.”

O delegado explicou que imagens em um segundo celular apreendido na residência da autora, foi possível verificar imagens da vítima dopada em um sofá. “Sem qualquer lesão. Concluindo-se que as agressões foram cometidas em tortura após o homem ter sido dopado e imobilizado.”

Conforme a Polícia Civil, em outra foto do celular, a mulher faz uma selfie sobre o corpo da vítima, que ainda não apresentava lesões nos braços e no corpo. “Possivelmente estava vivo neste momento.” Após ser presa neste sábado, a criminosa foi encaminhada para a Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Taquara, onde deve aguardar audiência de custódia.

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