A investigação da Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Contra o Sistema Financeiro da Polícia Federal do Rio Grande do Sul que apura irregularidades na compra de lousas interativas para escolas foi desmembrada.
O Grupo Sinos apurou que parte tramita na Justiça Federal de Novo Hamburgo e parte no Supremo Tribunal Federal (STF). O desmembramento do processo se deu porque a investigação inclui político com foro privilegiado em Brasília. O nome do investigado é mantido em sigilo.
Os inquéritos correm em separado, justamente por envolver investigado com foro privilegiado. Não há detalhes do andamento do inquérito que está no Supremo.
A parte da investigação que corre na 5ª Vara Federal de Novo Hamburgo teve desdobramentos nesta quinta-feira (12), quando a Polícia Federal desencadeou a segunda fase da Operação Rêmora.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de valores em contas bancárias de nove pessoas. O valor bloqueado chega a R$ 2 milhões, segundo a PF. As ordens judiciais foram cumpridas em Porto Alegre, São Leopoldo, Lajeado, Estrela, Morro Reuter e Picada Café.
A compra suspeita, na ordem de R$ 13 milhões, envolve a Prefeitura de São Leopoldo, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (Consisa) e a empresa Smart Tecnologia em Comunicações.
Entre os investigados está o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Rafael Mallmann (União Brasil), ex-prefeito de Estrela. Na época da suposta irregularidade, em 2021, ele era assessor jurídico do Consórcio de Saúde do Vale do Taquari.
A investigação aponta que Mallmann teria recebido propina de representantes da Smart para facilitar a classificação da empresa no pregão de registro de preços. Na operação desta quinta a PF chegou a pedir a prisão do secretário, mas o Ministério Público Federal foi contra e convenceu a Justiça Federal de que a medida era desnecessária.
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