O assasinato da menina Anna Pilar Cabrera, de 7 anos, foi motivado por ciúmes. Segundo o Ministério Público do Estado (MPRS), a mãe, Kauana Nascimento, de 31 anos, matou a filha a facadas por acreditar que o ex-companheiro tem um novo relacionamento amoroso.
De acordo com o promotor de Justiça Robson Barreiro, o homicídio, cometido por arma branca, teve quatro qualificadoras. Uma delas é motivo torpe porque foi um delito praticado em retaliação ao pai da vítima.
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As outra três qualificadoras apontadas pelo MPRS são meio cruel, recurso que dificultou a defesa da menina e crime contra menor de 14 anos de idade. Além disso, o promotor destaca que uma causa de aumento de futura pena é o fato do crime ter sido praticado pela mãe da vítima.
A quarta é que o crime tem como agravante a relação de coabitação, ou seja, vítima e acusada dividiam o mesmo endereço.
Mãe se torna ré pela morte da filha
Kauana está presa na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. O Ministério Público ofereceu a denúncia contra ela nesta quarta-feira (4). No mesmo dia, a Justiça aceitou a denúncia e ela se tornou ré. A denúncia foi aceita pelo juiz Flávio Curvello Martins de Souza, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo.
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Mulher está presa
Presa em flagrante após ter sido encontrada com a menina já sem vida na escadaria do residencial, a mulher foi levada, sob custódia, ao Hospital Municipal. Ela foi transferida para o Hospital de Charqueadas, na Região Carbonífera, no dia 16 de agosto. A acusada estava sob custódia da Susepe e recebeu alta neste domingo (1º), quando foi levada para a prisão.
Quando encontrada com a filha nos braços, a mulher tinha uma lesão de faca, no meio do peito. A suspeita é que ela tenha se ferido após matar a filha. Apesar do ferimento, seu estado de saúde era estável desde o momento em que foi internada. Conforme a Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH), a transferência de hospital ocorreu “por recomendação psiquiátrica”.
O crime
Após ouvirem gritos no fim da tarde da sexta-feira do dia 9, vizinhos se depararam com a menina já morta na escadaria do Edifício Galeria Central, que fica entre as ruas Joaquim Nabuco e Lima e Silva. A mãe estava no chão ensanguentado e parecia desesperada, conforme os relatos.
A suspeita chegou a dizer aos vizinhos que a menina teria caído das escadas. Porém, os socorristas constataram que a criança tinha perfurações profundas, principalmente no tórax e abdômen. A possível faca do crime foi apreendida sobre a cama do apartamento onde moravam.
Segundo a Polícia Civil, o depoimento de Kauana foi rápido. Ela insultou policiais e ao ser questionada sobre o fato, ficou em silêncio.
A mulher e o pai da criança já estavam separados, mas, vizinhos ressaltaram que ele visitava a filha com frequência. Técnico em informática, o argentino Andrès Cabrera, 42, foi avisado sobre o fato e chegou ao local inconsolável. O corpo de Anna foi sepultado no Dia dos Pais.
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