A Justiça decidiu suspender o processo contra Kauana Nascimento, de 31 anos, que é ré pelo assasinato da filha Anna Pilar Cabrera, de 7 anos. Segundo denúncia do Ministério Público do Estado (MPRS), a mãe matou a menina a facadas por acreditar que o ex-companheiro estaria em um novo relacionamento amoroso. Assim, se entendeu que o crime foi motivado por ciúmes.
A denúncia do MP fez a Justiça tornar a mulher ré no início de setembro. Porém, o processo foi suspenso na última semana. O motivo, conforme o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), é que está sendo verificada a sanidade mental da acusada, para esclarecer se ela tem capacidade de responder pelos seus atos.
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A defesa de Kauana é feita pela Defensoria Pública, que apresentou resposta à acusação. O TJRS afirma que havia sido designada audiência de instrução. “No entanto, há incidente de insanidade mental em andamento, o que enseja a suspensão do processo”.
Dessa forma, o processo ficará suspenso até que seja encerrada essa verificação de sanidade mental da ré. O processo tramita em segredo de justiça e não há previsão de retomada do processo.
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Caso comprovada a insanidade da ré, ela poderá ser considerada inimputável, que é quando a pessoa não compreende a ilicitude de sua conduta, em razão de doença mental.
Mulher está presa
O Ministério Público ofereceu a denúncia contra Kauana no dia 4 de setembro. No mesmo dia, a Justiça aceitou a denúncia e ela se tornou ré. A denúncia foi aceita pelo juiz Flávio Curvello Martins de Souza, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo.
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Presa em flagrante após ter sido encontrada com a menina já sem vida na escadaria do residencial no dia 9 de agosto, a mulher foi levada, sob custódia, ao Hospital Municipal. Ela foi transferida para o Hospital de Charqueadas, na Região Carbonífera, no dia 16 de agosto. A acusada estava sob custódia da Susepe e recebeu alta no dia 1º, quando foi levada para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
Quando encontrada com a filha nos braços, a mulher tinha uma lesão de faca, no meio do peito. A suspeita é que ela tenha se ferido após matar a filha. Apesar do ferimento, seu estado de saúde era estável desde o momento em que foi internada. Conforme a Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH), a transferência de hospital ocorreu “por recomendação psiquiátrica”.
O crime
Após ouvirem gritos no fim da tarde da sexta-feira do dia 9 de agosto, vizinhos se depararam com a menina já morta na escadaria do Edifício Galeria Central, que fica entre as ruas Joaquim Nabuco e Lima e Silva. A mãe estava no chão ensanguentado e parecia desesperada, conforme os relatos.
A suspeita chegou a dizer aos vizinhos que a menina teria caído das escadas. Porém, os socorristas constataram que a criança tinha perfurações profundas, principalmente no tórax e abdômen. A possível faca do crime foi apreendida sobre a cama do apartamento onde moravam.
Segundo a Polícia Civil, o depoimento de Kauana foi rápido. Ela insultou policiais e ao ser questionada sobre o fato, ficou em silêncio.
A mulher e o pai da criança já estavam separados, mas, vizinhos ressaltaram que ele visitava a filha com frequência. Técnico em informática, o argentino Andrès Cabrera, 42, foi avisado sobre o fato e chegou ao local inconsolável. O corpo de Anna foi sepultado no Dia dos Pais.
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