Um homem foi condenado a 49 anos e oito meses de prisão por três homicídios qualificados e três ocultações de cadáver. A sentença foi decretada pelo Tribunal do Júri de Canoas na quinta-feira (22), após denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). O cumprimento inicial da pena é em regime fechado.
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O órgão público indicou ainda que o réu agiu com um comparsa, condenado a quatro anos de reclusão por envolvimento em apenas um dos casos – lesão corporal seguida de morte – e, desta forma, poderá recorrer em liberdade. No entanto, os dois estiveram presos preventivamente durante o processo.
Os três corpos foram encontrados após escavações e uso de cães farejadores, entre novembro e dezembro de 2019, em uma área de matagal na Avenida Guilherme Schell. O réu que recebeu a maior pena era caseiro de um imóvel no município e, conforme a denúncia do MPRS, ele e o outro condenado acreditavam que uma das vítimas teria subtraído do local um botijão de gás e outros bens de pequeno valor.
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A vítima Leila dos Santos Miguel, 35 anos, era colega de trabalho do caseiro. Em relação a ela, o homicídio foi praticado por motivo fútil, com emprego de recurso que dificultou a defesa e meio cruel.
A segunda vítima, Gilmar Pedro Rodrigues de Oliveira, 29, que era sobrinho do caseiro. Ele foi morto porque teria ameaçado revelar o assassinato de Leila à Polícia. O homicídio dele foi praticado por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa e meio cruel.
A terceira vítima foi identificada como Marcelo Gomes Franceschina, 25, e foi morta pelo acusado com emprego de meio cruel após discussão entre eles, por motivos não esclarecidos. O promotor de Justiça Rafael Russomanno Gonçalves atuou em plenário pelo MPRS.
“Os jurados reconheceram que todos os crimes foram praticados por meio cruel, ante a violência e brutalidade das agressões que causaram a morte das vítimas, sempre com repetidos golpes de instrumento contundente, como pauladas e barra de ferro”, acrescenta.
Após os homicídios, o caseiro ateava fogo nos corpos e escondia no terreno, que era de grandes dimensões e com áreas de matagal, esclarece o promotor.
“Os corpos das duas primeiras vítimas, mortas em abril de 2018, ficaram mais de um ano ocultos, até que a irmã da terceira vítima procurou a Polícia e forneceu a linha investigativa que culminou no encontro dos três cadáveres e na prisão dos suspeitos”, lembra.
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