A angústia da família de Maria de Fátima Silva Ávila, de 64 anos, já dura mais de quatro meses, quando ela teria saído do lar de idosos onde residia, no bairro Quatro Colônias, em Campo Bom, após alguém deixar o portão aberto. O fato aconteceu no dia 7 de março e desde então o paradeiro e o que aconteceu com a idosa é um mistério. “Cada dia perco mais a esperança”, diz Luciana Medeiros, filha da desaparecida, a respeito de respostas sobre o caso.
Luciana descreve como “muito difícil” esses mais de 120 dias sem notícias da mãe. “Não tem resposta nenhuma. Tu não sabe se continua procurando ou com esperança que está viva”, lamenta. Ela conta que semanalmente liga ou vai até a Delegacia de Polícia de Campo Bom, que investiga o caso, para saber se tem novidades.
O delegado Rodrigo Câmara afirma que foram realizadas inúmeras diligências e que o caso é tratado com prioridade pela equipe de investigadores. “Ouvimos dezenas de pessoas, direta ou indiretamente envolvidas, realizamos buscas no local, com e sem o Corpo de Bombeiros, com cães farejadores de pessoas vivas e de restos mortais”, detalha.
No entanto, nenhum vestígio de Maria foi encontrado. “Solicitamos ao Poder Judiciário cautelares de quebras de sigilos, analisamos muitas horas de materiais audiovisuais de pessoas ligadas ao fato, buscamos informações de diversos locais onde supostamente ela teria sido vista”, completa o delegado.
Na medida em que os dias passam, a incerteza de encontrar Maria diminui. “A gente continua na esperança, mas é uma esperança de uma resposta. Não uma esperança que vou encontrar ela, porque está muito complicado, pois não tem uma câmera que possa ter visto ela”, desabafa Luciana.
Para ela, a mãe não poderia ir tão longe caminhando. Luciana explica que apesar do lar de idosos ficar em uma área rural, é próximo de uma estrada que dá acesso a outros municípios como Dois Irmãos, Sapiranga e Novo Hamburgo. “Então ela estava perto das cidades, alguém que visse ela passar iria dar uma ajuda ou ela pediria ajuda”, observa.
“Eu não consigo ver a mãe ir longe sem nada pegar ela”, diz Luciana se referindo a inexistência de imagens de câmeras de segurança ou monitoramento que tenham flagrado a idosa nesse período desaparecida. Ela ainda argumenta que a família já pensa em outras possibilidades, mas que aguarda por respostas da investigação e provas que possam comprovar as suspeitas.
Câmara pede que quem tiver informações, entre em contato com a Polícia. “Qualquer pessoa que tiver notícias sobre a idosa pode entrar em contato conosco, inclusive resguardamos o sigilo da informação e o anonimato, através do WhatsApp (51) 98401-3237”, finaliza.
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