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INVESTIGAÇÃO

BOLO ENVENENADO: Polícia fala sobre relação do marido da suspeita em crime que chocou o RS

Novos detalhes sobre o caso do bolo envenenado foram relevados pela Polícia Civil nesta sexta-feira

Publicado em: 10/01/2025 às 13h:05 Última atualização: 10/01/2025 às 13h:05
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Uma das perguntas mais frequentes referentes ao caso do bolo envenenado diz respeito à suposta motivação que teria levado a suspeita, Deise Moura dos Anjos, 42 anos, a envenenar a família.

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Coletiva de imprensa revelou detalhes do caso do bolo envenenado



Coletiva de imprensa revelou detalhes do caso do bolo envenenado

Foto: Polícia Civil/Reprodução

Embora se falasse de uma possível rixa entre a suspeita e os parentes, o inquérito, no entanto, não chegou a uma conclusão clara a respeito do estopim por trás das quatro mortes por envenenamento.

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Segundo o delegado Marcos Veloso, a família não possui imóveis e não há nenhum tipo de herança relacionado ao caso, o que descarta a hipótese de uma questão financeira ligada às mortes. “Trata-se de uma família humilde”, explica. “Alguns integrantes inclusive deixaram Canoas e foram para Arroio do Sal por causa da enchente. Então, não é uma família de posses e com muito dinheiro.”

E sobre a suposta divergência que existiria entre Deise e a família há 20 anos, tampouco foi descoberto um elemento sólido o suficiente para ser apontado como motivação para o crime.

“Houve uma questão envolvendo R$ 600. Também houve uma discussão em torno do casamento, já que ela queria casar antes da Tatiana [segunda vítima de envenenamento]”, apontou. “Achamos que ela tem um distúrbio forte, porque não há nada forte o suficiente para justificar o que aconteceu.”

Para a Polícia, os alvos da suspeita eram Zeli e Tatiana, sobrinha da sogra de Deise. No entanto, a reunião da família inteira no dia 23 de dezembro acabou atraindo atenção para o caso. “Ficou claro que ela queria atingir a sogra e sobrinha dela após ter matado o sogro, mas houve a reunião com toda a família e o caso ganhou uma repercussão que ela não imaginava”, frisa.

Marido não é suspeito

Embora seja especulada a relação do marido de Deise com os crimes, para a Polícia, até este ponto da investigação, ele é uma testemunha sem nenhum envolvimento com os crimes. “Por hora, não há indício de que o marido esteja envolvido”, afirma. “Ele está ligado ao processo como testemunha e, em momento oportuno, será interrogado sobre o que aconteceu.”

A polícia não revela quem são, mas garante que continuará investigando supostos envenenamentos que possam ter sido causados por Deise a pessoas próximas à família que morreram nos últimos anos.

Após a prisão temporária, pessoas procuraram a polícia e começaram a surgir denúncias e aparecer informações a respeito de outras pessoas que podem ter sido envenenadas por ela”, esclarece. “Vamos investigar com cautela cada caso.”

Entenda o caso

O caso do bolo envenenado veio à tona no dia 23 de dezembro de 2024, quando seis pessoas de uma mesma família buscarem atendimento médico após consumirem o doce durante uma confraternização, em um apartamento, em Torres.

Três morreram: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65, e Maida Berenice Flores da Silva, 58, Tatiana Denize Silva dos Anjos, 43, filha de Neuza. Zeli dos Anjos permanece internada em quadro estável. Já o menino de 10 anos, filho de Tatiana e neto de Neuza, foi liberado na semana passada.

Um homem foi liberado após atendimento médico ainda na data do envenenamento.

A sobremesa havia sido preparada para uma confraternização em família por Zeli, na casa onde que vive em Arroio do Sal, no litoral norte. Todos que consumiram o doce passaram mal pouco tempo depois.

Inicialmente, a Polícia Civil trabalhava com duas hipóteses: de envenenamento e de intoxicação alimentar. A segunda hipótese, entretanto, foi eliminada ao verificar as análises preliminares que apontaram para a presença de arsênico no bolo.

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