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BOLO ENVENENADO: "Encontramos até uma nota fiscal", diz secretário de Segurança do RS sobre compra de arsênio feita por suspeita pela internet

Sandro Caron defendeu também mudanças nos procedimentos de hospitais em casos por intoxicação alimentar

Publicado em: 10/01/2025 às 15h:15 Última atualização: 10/01/2025 às 15h:16
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Presente na coletiva organizada na manhã desta sexta-feira (10) para esclarecer o caso envolvendo a morte de quatro pessoas por ingestão de veneno, o secretário de Segurança do Estado, Sandro Caron, defendeu ser necessária mudança no protocolo de mortes por intoxicação alimentar.

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Secretário de Segurança do RS, Sandro Caron [no centro] disse que levará assunto para autoridades do governo Federal



Secretário de Segurança do RS, Sandro Caron [no centro] disse que levará assunto para autoridades do governo Federal

Foto: POLÍCIA CIVIL/REPRODUÇÃO

“É um crime sem precedentes na história do Rio Grande do Sul e, diante do que aconteceu, serão necessários ajustes no protocolo em casos envolvendo morte intoxicação alimentar”, afirma. “O hospital precisa avisar a polícia.”

Delegado da Polícia Federal (PF), Caron defende um acesso mais controlado a substâncias tóxicas, já que a suspeita presa pela Polícia Civil, Deise Moura dos Anjos, 42 anos, teria comprando o veneno pela internet.

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“É preciso levar o assunto a autoridades de nível federal, porque é necessário algum um controle deste tipo de substância, que não pode ser adquirido com a facilidade que observamos neste caso”, avaliou.

Conforme investigação da Polícia Civil, a suspeita adquiriu arsênico, a forma concentrada do semimetal arsênio, por um site na internet, cuja loja encaminhou a substância tóxica dias depois.

Ela pesquisou, comprou, recebeu e utilizou os produtos que culminaram no envenenamento e a consequente morte da vítima [Paulo Luiz dos Anjos]”, confirmou o delegado Marcos Veloso, responsável pelo inquérito. “Encontramos até uma nota fiscal que comprova.”

Ainda segundo o delegado, ao ser questionada sobre a pesquisa em torno do veneno, a suspeita garantiu que só procurou sobre o assunto após a divulgação de que havia arsênico no bolo ingerido pelas vítimas no dia 23 de dezembro do ano passado.

“Perguntei se encontraria alguma coisa no celular dela sobre o assunto e respondeu que sim, porque fez pesquisa após o veneno ser encontrado, mas isso não era verdade, e há meses que ela vem pesquisando e estudando o assunto”, esclarece.

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