Um Boletim de Ocorrência foi registrado no início da noite de quinta-feira (14) após uma situação envolvendo a comunidade escolar da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) São Jacó e o padre Ignácio Schuster, da Igreja Nossa Senhora da Piedade, em Novo Hamburgo. Conforme relatos, uma festa de encerramento era realizada na Rua Leão XIII, quando a confusão começou por volta das 19 horas.
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A diretora, Simone Althaus, comunicou que estava no palco montado em frente à escola, quando foi chamada para intervir na discussão. “A rua estava fechada com cavaletes instalados por agentes de trânsito. As crianças estavam todas sentadas no meio da rua aguardando as apresentações, não havia circulação de veículos.”
A comemoração foi interrompida, conforme testemunhas, quando um carro chegou e o motorista desceu, retirando os obstáculos. A mãe de um dos alunos, Simone Muller, que registou o B.O., afirmou que o condutor se tratava do padre Ignácio. “Sim, era o padre e ele queria forçar passagem para entrar na garagem. Ficamos desesperados, precisei correr para acudir meu filho.” O fato é confirmado pela diretora. “Tivemos que tirar todas as crianças da via muito rápido.”
Outro pai, Cleiton Santos, que serviu de testemunha no B.O., diz que um cordão humano foi necessário para impedir o padre de avançar sobre as crianças. “Todos estavam nervosos e exaltados.”
Polícia Civil diz não ter sido comunicada
Em contato com a reportagem, a Polícia Civil afirmou que até o início da tarde desta sexta-feira (15) a Polícia Civil ainda não estava ciente do caso. Já a Brigada Militar (BM) comunicou que não foi acionada.
Escola enviou ofício
Questionada sobre a comunicação entre escola e igreja, a diretora da instituição de ensino reiterou que um ofício foi enviado por e-mail avisando sobre o evento e a interrupção do tráfego na rua. “Não era necessária a autorização da igreja, a rua é pública.”
A rua foi fechada pela Prefeitura, após pedido da escola. A Secretaria Municipal de Educação não irá se manifestar sobre o caso.
Igreja não se manifesta
A reportagem do Grupo Sinos buscou contato com o padre Ignácio, mas foi avisada que ele não iria se pronunciar sobre o caso, se limitando a comunicar que a equipe jurídica foi acionada para cuidar do assunto.
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