Sete dias. Há uma semana, uma mãe sente uma dor indescritível: a de perder a filha bebê. Luisa Casagrande Buttner morreu aos 9 meses na semana passada. A menina ficava em uma escolinha particular de Novo Hamburgo enquanto os pais, Juliana Casagrande da Silva e Igor Gabriel Buttner, trabalhavam.
Segundo a Polícia Civil, a bebê já chegou sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Canudos na manhã da última quinta-feira (21).
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Ao chegar na unidade de saúde, os pais ainda tinham esperanças de que a filha ficasse bem. “A gente não queria acreditar. Eu e meu esposo começamos a orar muito em cima dela, pedindo para Deus tentar salvar nossa filha, e a gente pediu para eles [profissionais da saúde] ressuscitarem ela de novo, eles não se negaram. Ficaram mais uma meia hora tentando.”
Natural de Curitiba (PR), Juliana mora há um ano no bairro São Jorge, em Novo Hamburgo. Além de Luisa, ela é mãe de um adolescente de 13 anos. A bebê havia entrado na escolinha no dia 1º de outubro. “Fiquei junto com ela desde que nasceu até os 7 meses, antes de eu começar a trabalhar. Ela era muito ligada a mim, e eu era muito ligada a ela.”
Um dia antes da morte da filha, a mãe completou 35 anos. Ela conta que, como precisou trabalhar no feriado, Luisa ficou com a avó paterna. “Ela não tinha nada, ficou super bem.” À noite, a família comemorou o aniversário de Juliana e de sua tia, que faz aniversário na mesma data.
No dia seguinte, a bebê acordou bem. “Como sempre acordava: sorrindo. Eu tenho vários vídeos dela sorrindo. Nunca acordou triste, sempre acordou feliz. Aquele dia eu arrumei ela. A gente colocou ela no carrinho. Deixei ela em torno das 6h40.”
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Como costumava fazer diariamente, a mãe perguntou como a criança estava através de uma mensagem enviada para o WhatsApp da escolinha. Porém, diferentemente dos outros dias, quando costumava receber uma foto da menina na sequência, as mensagens mostram apenas um “ok”.
Juliana então perguntou se a menina apresentava algum sintoma de febre, uma preocupação devido ao nascimento dos dentinhos, mas o retorno foi de que a menina estava bem.
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Foi às 11h16 que uma chamada de voz avisou a mãe que a bebê havia passado mal e que seria levada à UPA. “Eu saí desesperada”, conta. “Eu fui correndo para lá e não queriam me dar informação, só diziam: ‘mãe, ela está em atendimento, o estado é grave’. E eu orando, pedindo para Deus: ‘Deus salva minha filha'”, lembra.
“A dona da escola disse que ela estava no carrinho, sozinha, dormindo, porque os outros já estavam acordados e deixaram ela dormir no canto. Quando foram pegar ela para comer, ela já estava branca”, diz a mãe.
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A família busca forças para enfrentar o luto. O que a mãe pede, são respostas. De acordo com ela, a escolinha ainda não lhe deu nenhuma explicação sobre o ocorrido. “Tem pais ainda que não sabem o que aconteceu.”
Juliana considera que ainda há muitas questões em aberto. “Eu não sei exatamente há quantas horas ela estava dormindo sozinha. Se ela morreu antes de dormir e quando pegaram ela, ela já estava morta e realmente não tinha como salvar. Se ela esboçou alguma coisa e estavam longe dela e ninguém escutou. Eu não sei, porque não tem câmera”, relata.
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A reportagem entrou em contato com a escolinha Doce Infância e aguarda o retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
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A Polícia Civil afirma que abriu um inquérito e ouvirá os responsáveis pela instituição e a família. “Sem nenhum sinal de violência”, diz o delegado Alexandre Quintão.
O corpo da menina foi encaminhado para necropsia e a Polícia aguarda os laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) para esclarecer a causa da morte.
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