NOVO HAMBURGO
Homem que arremessou bebê pela janela e atropelou ex é indiciado pelo crime
Mulher segue internada no Hospital Municipal de Novo Hamburgo recuperando-se das lesões após ser atropelada pelo ex-marido
Última atualização: 06/03/2024 11:45
Após o delegado que investiga o caso do bebê arremessado pela janela e da mãe atropelada ter dito que a criança a visitaria na UTI, o Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH) negou a possibilidade.
A informação havia sido dada pelo delegado Lucas de Moura Britto, titular da Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher de Novo Hamburgo (Deam), na manhã de terça-feira (5), durante entrevista coletiva.
Na tarde de ontem, a Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH), que administra a casa de saúde, se manifestou dizendo que não confirma a informação.
O menino de 11 meses ficou ferido ao ser arremessado para fora do carro pelo pai durante uma briga com a ex-mulher, no dia 22 de fevereiro, em Novo Hamburgo. Desde que foi atropelada, ela segue no Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH).
Conforme o delegado, a mãe segue internada sem previsão de alta, mas não corre risco de morte. Contudo, ela ainda se recupera das lesões sofridas decorrentes do atropelamento. "Atualizamos a situação clínica dela pela manhã com a equipe médica. Ela tem um edema cerebral que inspira cuidados, e está bastante sonolenta em razão do tratamento e pela gravidade das lesões", explica.
Inquérito policial é concluído com o indiciamento do homem
Na noite desta segunda-feira (4), a Polícia Civil concluiu o inquérito policial que apurava o fato e já remeteu o caso à Justiça. O homem de 40 anos, que está preso, foi indiciado por tentativa de feminicídio contra a mulher e por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra o filho - por ser menor de 14 anos, por motivo torpe e uso de meio que dificultou a defesa das vítimas.
O delegado explicou que a decisão de concluir o caso sem ter o resultado de todas as perícias e sem ter conseguido ouvir a mulher, em razão da hospitalização, atende uma regra legal, que determina a conclusão de inquéritos com suspeitos presos em flagrante no prazo de 10 dias.
"Os indícios que obtivemos ao longo da investigação e as testemunhas ouvidas [em torno de 20 pessoas] nos traz a convicção da dinâmica dos fatos e de que o homem agiu de forma premeditada", pontuou Britto.