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Bazuca apreendida pela Polícia Civil poderia ser usada na guerra do tráfico de Canoas

Uma arma de guerra capaz de derrubar um avião da FAB, lançador de foguetes foi encontrado durante ação na manhã desta segunda-feira (19)

Publicado em: 19/03/2024 às 15h:02 Última atualização: 19/03/2024 às 15h:15
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Uma pista surgida em Porto Alegre levou a Polícia Civil até Lajeado, nesta segunda-feira (18), onde agentes ligados ao Departamento Estadual de Homicídios encontraram um lançador de foguetes.

Lançador de foguetes estava pronto para ser usado, segundo a Polícia Civil



Lançador de foguetes estava pronto para ser usado, segundo a Polícia Civil

Foto: POLÍCIA CIVIL/DIVULGAÇÃO

A popular bazuca foi encontrada em um “depósito de armas e munições” que pertencia a uma facção do Vale dos Sinos, conforme apuração da 6ª Delegacia de Homicídios da capital, que coordenou a batizada Operação Efeito Colateral.

E por que a facção manteria um armamento capaz de derrubar um avião ou um tanque? Justamente para se preparar para a guerra contra facções rivais no milionário negócio do tráfico de drogas e entorpecentes.

Diretor do Departamento Estadual de Homicídios, o delegado Mario Souza explica que a facção possui braços não somente no Vale dos Sinos e Vale do Taquari, mas também em Porto Alegre e Canoas.

“A arma foi encontrada em um depósito em Lajeado, mas devido à proximidade, caso fosse necessário, poderia ser transportada a qualquer momento para Porto Alegre ou mesmo Canoas pela organização criminosa”, explica.

Já com 30 assassinatos registrados em 2024, Canoas vive um ano de violência devido a conflitos entre organizações criminosas. Não é descartada, portanto, a hipótese de que arma reforçasse o poder de fogo da facção na cidade.

“É surpreendente que um armamento com tamanho pode fogo, de uso exclusivo das Forças Armadas, esteja circulando entre criminosos”, argumenta. “Por enquanto, nenhuma hipótese é descartada”.

Apuração

Foram 40 dias de apuração até que a Polícia Civil chegasse na arma de guerra, segundo o delegado Thiago Carrijo, que comandou a investigação que terminou na apreensão de um fuzil 556, uma pistola e dois revólveres.

“Queremos entender o que a facção pretendia fazer com o lançador de foguetes”, frisa. “Ainda não é possível dizer para onde a arma seria deslocada, porque a apuração ainda está no início, mas esperamos elucidar o que pretendiam”, conclui.

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