Bando com martelos e pedaços de madeira invade casa onde gêmeas moravam após prisão da mãe das meninas

A casa da família onde residiam as irmãs gêmeas, que morreram em um intervalo de oito dias, cuja suspeita é de que a mãe tenha relação com as mortes, foi alvo de vandalismo na noite desta terça-feira (15). A invasão aconteceu logo depois que vazou a informação de que a mãe das meninas havia sido presa temporariamente pela Polícia Civil.

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Passava de 23 horas, quando um grupo de sete homens chegou na Rua Gardênia, que fica no Loteamento Jasmim, bairro Morada Verde, em Igrejinha, arrombou o portão e invadiu o imóvel. Dentro da residência, os vândalos promoveram uma quebradeira.

“Derrubaram a moto, que ficava logo aqui na entrada, jogaram as televisões no chão, quebraram os móveis. Foi uma bateção e uma barulheira”, afirma um morador, que pede para não ser identificado por medo.

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Outro vizinho, que também não quer ser identificado, afirma que os invasores empunhavam martelos e pedaços de pau. “Esse bando veio pelo mato dos fundos e chegou rindo aqui na frente. Eles arrombaram o portão com a ajuda de um pé-de-cabra”, observa.

Nesta quarta-feira (16), familiares do casal estiveram no imóvel e arrumaram o portão que estava danificado. Contudo, ainda é possível encontrar vestígios do ataque dos vândalos. O contador de energia elétrica da residência continua quebrado, assim como a campainha do imóvel.

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A Brigada Militar realizava rondas na região e logo foi comunicada sobre a ocorrência, mas quando a guarnição chegou ao endereço, os vândalos já haviam deixado o local. Dois deles foram perseguidos e acabaram detidos em um matagal próximo. A corporação não dá detalhes da ocorrência e diz que as informações foram repassadas à Polícia Civil.

Após a ação, policiais permaneceram durante toda a madrugada nas imediações da casa, para garantir a tranquilidade da vizinhança que teme novos ataques. “Ainda bem que não tiveram tempo de colocar fogo. Derrubaram a moto e começou a vazar gasolina, imagina se colocam fogo o que seriam de todas essas casas em volta?”, analisa um dos moradores ouvido pela reportagem.

Morte das meninas é investigada

Nesta quarta-feira (16), o delegado Ivanir Caliari e inspetores trabalham na tomada de depoimentos de familiares, amigos e demais pessoas relacionadas ao caso. Ontem, horas após a confirmação da morte da segunda menina, Antônia Pereira, já havia sido assim. Por isso, o delegado responsável pelo caso não irá falar publicamente sobre o assunto. A investigação iniciou no último dia 7, quando a pequena Manuela Pereira veio a óbito.