ATAQUE A TIROS
Atirador de Novo Hamburgo estaria "bem perturbado e incomodando a família" nos últimos 30 dias, diz amigo do irmão
Moisés Maciel era amigo de Everton Luciano Crippa, uma das vítimas do atirador
Última atualização: 25/10/2024 16:48
“Nos últimos 30 dias estava bem perturbado. Incomodando bastante os pais e a família toda”, diz Moisés Maciel sobre Edson Fernando Crippa, 45 anos, que morreu após um cerco policial que durou 9 horas entre a noite de terça-feira (22) e manhã de quarta-feira (23) em Novo Hamburgo.
Moisés é amigo de Everton Luciano Crippa, irmão de Edson, que também morreu no ataque a tiros, assim como o pai deles, Eugênio Crippa e os policiais militares Everton Raniere Kirsch Junior e Rodrigo Weber Volz. Moisés explica que conheceu Edson, a quem considerava uma pessoa muito quieta. “Não tinha esposa, não tinha namorada, filhos.”
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O atirador também estava desempregado. “Há dois anos que não conseguia emprego.” Antes, atuou como caminhoneiro. “Talvez tudo isso tenha feito ele fazer o que fez, que tenha surtado. Pode ter se sentido acoado, com a polícia no portão da casa onde morava com os pais.”
A Brigada Militar (BM) foi chamada por Eugênio, que denunciou violência doméstica após um desentendimento com o filho. Everton e Priscila Martins (cunhada de Edson) chegaram depois à residência.
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Conforme Moisés, das quatro armas encontradas com o atirador, todas registradas, a família sabia da existência apenas de uma. “O Everton sequer sabia da existência do quarto fechado que ele tinha em casa, onde guardava as munições.” Mais de 300 foram encontradas intactas no interior do imóvel.
Além disso, segundo a Polícia Civil, ao entrar na casa após a morte do atirador, munições estavam espalhadas pela residência, inclusive nos bolsos de Edson.