Um policial penal teve uma pistola 9mm, modelo TS9 e de uso pessoal, furtada de dentro da sua mochila em um alojamento do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Penitenciário (Nugesp), em Porto Alegre, nesta segunda-feira (6). O complexo recebe presos da região metropolitana para audiências de custódia.
Em nota, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) disse que a Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário iniciou o processo de apuração e que o Nugesp passou por operações de revista para garantir a segurança.
Porém, a situação causa preocupação ao Sindicato da Polícia Penal RS (Sindppen) e também aos servidores do Nugesp, que temem que um incidente como o que aconteceu em novembro do ano passado na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), quando o apenado Jackson Peixoto Rodrigues, o Nego Jackson, foi morto a tiros por outro detento.
O presidente do Sindppen, Cláudio Dessbesell, reforça que o desaparecimento da arma é investigado, porém afirma que a situação é preocupante. “É uma preocupação enorme essa arma poder parar na mão da massa carcerária ali existente e ter tragédias novamente”, pontua.
Dessbesell ainda aponta preocupação com a falta de efetivo no Nugesp. De acordo com ele, neste local deveria ter 72 servidores e só tinham 15. “Isso gera uma sobrecarga aos servidores e não existe como fazer um serviço eficiente com segurança para a sociedade nessa situação”, declara. O presidente pediu para o governo estadual para que revise a forma de gestão das casas prisionais.
A Susepe garante que “o governo do Estado tem feito melhorias constantes no sistema penal e aprimorado os mecanismos de controle para garantir mais segurança a agentes e apenados”. O órgão ainda frisa que até o fim da gestão Eduardo leite “terá sido investido R$ 1,41 bilhão na reestruturação do sistema prisional gaúcho, viabilizando assim a construção de novas unidades prisionais, aquisição de equipamentos e novas tecnologias” e ainda destaca que desde 2019 foram nomeados mais de 3300 servidores penitenciários.
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