O inquérito que investigava uma denúncia de xenofobia em Morro Reuter, foi finalizado pela Polícia Civil. O caso aconteceu no dia 12 de fevereiro, quando a enfermeira de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) denunciou um médico por injúrias xenofóbicas.
Conforme o delegado Felipe Borba, a partir de depoimentos ficou claro que as críticas feitas pelo médico, um idoso de 63 anos, não se restringiram ao cunho profissional. “Uma vez que, além da ofensa mencionada pela vítima, no sentido de que seria ‘nordestina burra’, o homem teria proferido discursos preconceituosos contra pessoas oriundas da região nordeste do país.”
Borba afirmou que a palavra da enfermeira foi respaldada, além de complementada, pelo testemunho de outras pessoas. “De forma que a conduta do investigado se amoldou perfeitamente ao disposto no artigo Art. 2º-A da Lei nº 7.716/89.” O delegado completou reiterando que apesar das negativas do médico, a Polícia concluiu que houve crime. “Razão pela qual concluímos com o respectivo indiciamento.”
Proibido de atuar
De acordo com a Polícia Civil, o acusado foi solto no dia seguinte e deve responder ao crime em liberdade. No entanto, está proibido de atuar na função de médico na UBS do município.
A prefeitura de Morro Reuter comunicou que uma sindicância foi aberta para apurar a conduta do profissional. “Reforçamos que a prefeitura de Morro Reuter repudia qualquer tipo de discriminação”, diz o comunicado.
A pena por injúria em caso de condenação pode ficar entre dois a cinco anos de prisão e multa.
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