Uma pessoa querida, generosa, trabalhadora e que alegrava os lugares por onde passava. Assim Carlos Roberto Backaus será lembro pelos familiares, amigos e colegas que se despediram dele nesta terça-feira (19) no Cemitério Jardim de Memória, em Novo Hamburgo. Ele morreu na empresa de aço em que trabalhava na segunda-feira (18) e havia completado 48 anos no último dia 27 de outubro.
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O morador do bairro Boa Saúde trabalhava há 12 anos na Dalleaço Soluções em Ações e Planos, que fica às margens da BR-116 na cidade vizinha, São Leopoldo, onde o acidente aconteceu. Conforme a Polícia Civil, quebrou uma viga e, em seguida, uma ponte rolante. A estrutura caiu em cima do trabalhador, que foi a óbito instantaneamente.
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A morte repentina deixou a família consternada. A vítima deixa filhas gêmeas de 25 anos, a esposa e também a neta de 1 ano. Morava com a companheira e uma das filhas, Jessica Backaus. A outra gêmea, Vanessa Backaus, casou-se, mas manteve-se muito presente na rotina da família. “Ele amava muito a neta [filha de Vanessa]. Eram bem apegados”, lembra Jessica.
“Ele era um ótimo pai. Uma pessoa muito querida, todos gostavam dele. Em qualquer ambiente que chegava, ele alegrava”, completa a jovem. Ela conta que o pai era torcedor do Grêmio e gostava de assistir aos jogos em casa. “Quando tinha GreNal, chamava amigos para assistir com ele”, relata Jéssica.
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A filha salienta ainda que Backaus amava o trabalho. “Nas enchentes, que a água tomou conta da empresa, ele ficou bem abalado. Assim que soube que a água baixou, fez questão de ir lá ajudar”, recorda. De acordo ela, o pai não relatou nenhuma anormalidade na empresa nos últimos dias, mas já havia exposto outros acidentes com colegas. “Há uns dois anos, um colega dele perdeu a perna em um acidente lá, e ele falou em casa.”
A família lamenta que, apesar da estima de Backaus pela Dalleaço, não foi a empresa que informou o ocorrido. A informação chegou através de colegas de trabalho. De acordo com a filha, até o começo da tarde, a empresa não havia procurado os familiares. “Mas, por enquanto, nem queremos o contato, estamos focados na despedida e em viver o luto”, diz Jessica.
A reportagem entrou em contato com a Dalleaço, mas até a publicação não teve retorno. O espaço está aberto para manifestação.
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