abc+

ACIDENTE DE TRABALHO

"Amava o trabalho": Filha fala sobre homem que morreu ao ser atingido por estrutura em fábrica de São Leopoldo

Familiares e amigos se despediram de Carlos Roberto Backaus nesta terça-feira, um dia após fatalidade dentro de empresa onde trabalhou por 12 anos

Ubiratan Júnior
Publicado em: 19/11/2024 às 16h:20 Última atualização: 19/11/2024 às 16h:45
Publicidade

Uma pessoa querida, generosa, trabalhadora e que alegrava os lugares por onde passava. Assim Carlos Roberto Backaus será lembro pelos familiares, amigos e colegas que se despediram dele nesta terça-feira (19) no Cemitério Jardim de Memória, em Novo Hamburgo. Ele morreu na empresa de aço em que trabalhava na segunda-feira (18) e havia completado 48 anos no último dia 27 de outubro. 

CLIQUE AQUI PARA RECEBER NOSSA NEWSLETTER

Carlos Roberto Backaus trabalhava na Dalleaço há 12 anos | abc+



Carlos Roberto Backaus trabalhava na Dalleaço há 12 anos

Foto: Arquivo Pessoal

O morador do bairro Boa Saúde trabalhava há 12 anos na Dalleaço Soluções em Ações e Planos, que fica às margens da BR-116 na cidade vizinha, São Leopoldo, onde o acidente aconteceu. Conforme a Polícia Civil, quebrou uma viga e, em seguida, uma ponte rolante. A estrutura caiu em cima do trabalhador, que foi a óbito instantaneamente.

ENTRE NA COMUNIDADE DO JORNAL NH NO WHATSAPP

A morte repentina deixou a família consternada. A vítima deixa filhas gêmeas de 25 anos, a esposa e também a neta de 1 ano. Morava com a companheira e uma das filhas, Jessica Backaus. A outra gêmea, Vanessa Backaus, casou-se, mas manteve-se muito presente na rotina da família. “Ele amava muito a neta [filha de Vanessa]. Eram bem apegados”, lembra Jessica.

“Ele era um ótimo pai. Uma pessoa muito querida, todos gostavam dele. Em qualquer ambiente que chegava, ele alegrava”, completa a jovem. Ela conta que o pai era torcedor do Grêmio e gostava de assistir aos jogos em casa. “Quando tinha GreNal, chamava amigos para assistir com ele”, relata Jéssica.

LEIA TAMBÉM: Sequestro e ameaça levam a extorsão de R$ 200 mil em Pix e caso tem desfecho 18 dias após o crime

A filha salienta ainda que Backaus amava o trabalho. “Nas enchentes, que a água tomou conta da empresa, ele ficou bem abalado. Assim que soube que a água baixou, fez questão de ir lá ajudar”, recorda. De acordo ela, o pai não relatou nenhuma anormalidade na empresa nos últimos dias, mas já havia exposto outros acidentes com colegas. “Há uns dois anos, um colega dele perdeu a perna em um acidente lá, e ele falou em casa.”

A família lamenta que, apesar da estima de Backaus pela Dalleaço, não foi a empresa que informou o ocorrido. A informação chegou através de colegas de trabalho. De acordo com a filha, até o começo da tarde, a empresa não havia procurado os familiares. “Mas, por enquanto, nem queremos o contato, estamos focados na despedida e em viver o luto”, diz Jessica. 

A reportagem entrou em contato com a Dalleaço, mas até a publicação não teve retorno. O espaço está aberto para manifestação.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade