ALESSANDRA DELLATORRE: Um mistério prestes a ser revelado

Há quase dois anos, uma força-tarefa formada por bombeiros, policiais, voluntários, amigos e familiares da desaparecida, com emprego de cães farejadores, vasculhava São Leopoldo e Sapucaia do Sul para encontrar a advogada Alessandra Dellatorre. As buscas foram intensas. Mas nenhuma pista do paradeiro. Na manhã desta terça-feira (18) o misterioso desaparecimento deve ser esclarecido.

A coletiva à imprensa convocada pela Polícia Civil para falar sobre o caso, às 10 horas, em Porto Alegre, coincide com o período previsto para a conclusão da perícia em uma ossada feminina encontrada no início deste mês em matagal em Sapucaia, próximo ao limite com São Leopoldo.

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Conforme informações apuradas pela reportagem do Grupo Sinos, os restos mortais tinham fragmentos de vestes parecidos com os que Alessandra usava quando sumiu, na tarde de 16 de julho de 2022. E estavam no possível trajeto feito por ela na última vez que foi vista.

“O Souza (delegado Mario Souza, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) não chamaria uma coletiva se não tivesse novidade”, comenta uma pessoa ligada à investigação. A família de Alessandra está orientada a não se manifestar antes da coletiva.

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“Quanto à ossada, estamos ainda aguardando o resultado oficial pela Polícia Civil. Após o resultado, já estou autorizado a dar entrevistas”, disse à reportagem, na noite desta segunda-feira (17), o advogado Matheus Trindade, que representa a família da desaparecida.

A delegada de Homicídios de São Leopoldo, Mariana Studart, confirmou de forma intrigante a localização de uma ossada no último dia 7. Não quis passar qualquer outra informação. Sequer o endereço. “Está sob sigilo”, justificou. O local é justamente na área que recebeu a maior varredura das buscas na época do desaparecimento. Fica nas imediações ou mesmo dentro de terras do Exército.

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Alessandra desapareceu aos 29 anos de idade, quando saiu de casa, no bairro Cristo Rei, em São Leopoldo, para uma caminhada. Ela tinha o hábito. Aflitos, os pais chegaram a contratar peritos e detetive particular. Também ofereceram recompensas por informações que pudessem levar à localização da filha.