Quarenta dias depois de confirmar a morte de Alessandra Dellatorre, a Polícia Civil está perto de esclarecer a causa do óbito da advogada de São Leopoldo. O inquérito policial está em fase final e deve ser concluído em até 30 dias, ou seja, até o final de setembro.
CONFIRA: O que a Polícia quer descobrir após morte da advogada de São Leopoldo
No dia 18 de junho, em coletiva de imprensa, a Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) divulgaram os resultados de laudos periciais que comprovaram que uma ossada, encontrada no dia 7 de junho, era de Alessandra. Ela foi considerada desaparecida por quase dois anos, após ser vista pela última vez em 16 de julho de 2022, quando saiu para uma caminhada no bairro Cristo Rei, onde morava.
A Polícia Civil destaca que, após a localização do cadáver, foram realizadas inúmeras diligências para apurar as circunstâncias da morte. Foram solicitadas perícias mas que, na época, apontaram para causa indeterminada.
Além disso, a investigação buscou novamente as testemunhas ouvidas quando ela desapareceu e também novas testemunhas. “Até o momento, todas as diligências apontam para ausência de qualquer violência”, afirmou, em nota enviada à reportagem nesta terça-feira (27), a Polícia Civil.
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Ossada foi localizada por soldados do Exército
Os restos mortais de Alessandra foram encontrados por soldados do 18° Batalhão de Infantaria Motorizado (18º BIMtz) de Sapucaia do Sul durante uma limpeza. De acordo com o diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Mario Souza, a ossada foi encontrada em uma área de difícil acesso, distante cerca de 1,9 quilômetro do local onde Alessandra teria entrado na mata no dia do desaparecimento. O corpo estava próximo a um muro.
Os ossos estavam inteiros, com as roupas coladas ao corpo. As vestes também não apresentavam marcas passíveis de facadas ou tiros.
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Identificação
De acordo com o IGP, foram produzidos três laudos periciais: o do local do crime; o antropológico, que é semelhante a uma necropsia, para avaliar a situação do corpo, e o de identificação, neste caso feito pela arcada dentária.
Conforme o laudo do local onde o corpo estava, não foram encontrados vestígios que levam a crer na participação de uma segunda pessoa na morte da jovem. Entre as hipóteses não descartadas estão a de que ela possa ter tido um mal súbito durante a caminhada ou até mesmo que tenha praticado suicídio.
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Relembre o caso
Alessandra sumiu quando saiu de casa, em São Leopoldo, para fazer uma caminhada. As hipóteses sobre o que teria motivado o desaparecimento dela são muitas. Desde o começo da apuração, a Polícia trabalha com evidências que apontam para um desaparecimento espontâneo, motivado por depressão.
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A diferença, naquele sábado, foi o trajeto escolhido por Alessandra para a caminhada. Normalmente, segundo a família, a jovem ficava apenas na Avenida Unisinos. No dia do desaparecimento, de acordo com testemunhas, ela teria sido vista entrando em área de mata na Estrada do Horto, que liga São Leopoldo a Sapucaia do Sul.
Cartazes com a foto de Alessandra foram distribuídos por diversos pontos de São Leopoldo e também de cidades vizinhas e até do litoral norte. A família oferecia recompensa de R$ 15 mil por informações que levassem ao paradeiro da jovem.
Em janeiro do ano passado, o laudo de uma perícia feita em uma garrafa plástica usada pela advogada no dia do sumiço foi revelada. A garrafa, encontrada pelo pai de Alessandra em uma lixeira de rua no trajeto da caminhada dela no dia do sumiço, foi entregue à Polícia Civil e enviada ao IGP 10 dias depois do desaparecimento. Na análise, o IGP identificou a presença de uma mistura de substâncias compatíveis com um medicamento chamado Venvanse, que seria utilizado frequentemente por Alessandra, e uma bebida energética com cafeína.
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