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18 ANOS DEPOIS

Acusados de mandar matar sociólogo são absolvidos em Estância Velha

Após sete júris cancelados, Ministério Público pede arquivamento do processo no plenário

Publicado em: 18/04/2024 às 20h:26 Última atualização: 18/04/2024 às 20h:26
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Quase 18 anos depois do atentado e sete júris cancelados, os acusados de mandar matar o sociólogo Mauri Martinelli, em Estância Velha, são absolvidos. O quarto denunciado já morreu. Na oitava sessão agendada, realizada nesta quinta-feira (18), o Ministério Público pediu arquivamento por falta de provas e os jurados aceitaram.

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“Etapa encerrada. Quero viver em paz e cuidar de minha saúde”, declarou a vítima, ao ser informada da sentença, expedida pelo juiz Marcio Paranhos Dias. Martinelli, na época com 44 anos, levou cinco tiros no portão de casa, no bairro Lago Azul, por volta das 23 horas de 17 de agosto de 2006. “Seis meses depois do atentado eu estava diabético”, recorda.

A arma usada no ataque, uma pistola Glock calibre 380, foi apreendida com o atirador duas semanas depois. Alexandro Ribeiro, o Seco, então com 28 anos, foi condenado em 2009 a 10 anos de reclusão por tentativa de homicídio. A decisão do júri foi confirmada pelo Tribunal de Justiça. O réu já tinha condenação por roubo.

“Sem motivo”

Também em 2009, o Ministério Público denunciou quatro como mandantes. Eles teriam ordenado a execução de Martinelli por questões políticas. A vítima fazia denúncias na imprensa local de supostas irregularidades na administração municipal de Estância Velha.

Após idas e vindas da ação penal, que incluem não só os cancelamentos dos júris como também a exclusão de um réu em razão da morte, em maio de 2022, o promotor Bruno Carpes retirou a acusação no plenário nesta quinta. Com a absolvição dos supostos mentores do crime, o atentado é encerrado como “sem motivo”.

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