JUSTIÇA

CATIÚSCIA MACHADO: Audiência de acusado de matar professora brasileira na Austrália é reagendada; entenda

Tribunal de Sidney adiou a sessão que trataria da morte de Catiúscia Machado nesta quarta-feira (24)

Publicado em: 24/01/2024 14:51
Última atualização: 24/01/2024 21:04

Estava marcada para esta quarta-feira (24) uma audiência no Tribunal de Sidney para tratar do assassinato da professora Catiúscia Machado, encontrada morta no apartamento em que morava na Austrália no dia 25 de novembro do ano passado.

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A professora Catiúscia Machado foi encontrada morta em uma banheira com gelo Foto: ARQUIVO PESSOAL
Suspeito do assassinato da brasileira de 43 anos, o então namorado dela e também brasileiro Diogo de Oliveira, 40 anos, não chegou a ser deslocado para o tribunal. Ele permanece preso desde a noite em que a professora morreu.

Como parte da instrução do processo, a polícia australiana apresentou o avanço do caso à corte, que reagendou nova audiência para o próximo dia 17 de abril. Até lá, o suspeito permanecerá na cadeia, segundo a polícia.

“A polícia não nos informou por que ele não compareceu ao tribunal, mas sabemos com certeza que continua preso”, explica a mãe de Catiúscia, Eliaide Machado. “Agora vamos esperar para ver o que acontece em abril”, completa.

Eliaide sepultou a filha um mês após a morte, em uma cerimônia organizada para parentes e amigos em Canoas, no dia 27 de dezembro. Para ela, a esperança por justiça no caso da filha permanece.

“Ele vai continuar preso e para mim isso significa que justiça está ao nosso lado”, afirma. “Tenho certeza que Deus está do nosso lado e este processo vai terminar com ele condenado pelo que fez com a minha filha”.

Investigação

Foi na noite do dia 25 de novembro, pouco depois das 21 horas, que a polícia de Sidney, na Austrália, foi acionada para averiguar o que parecia ser um acidente doméstico envolvendo a professora, encontrada caída em uma banheira de gelo.

O acidente se transformou em suspeita de homicídio quando os policiais descobriram evidências de que a vítima havia sido agredida. O suspeito do crime era namorado da professora.

Conforme os hematomas achados no rosto da vítima, a suspeita da polícia é que namorado tenha atingido Catiúscia com um soco, levando a professora a cair de cabeça na banheira.

Ainda segundo a polícia disse na época ao jornal Sidney Morning Herald, os peritos foram incisivos que a vítima morreu entre as 18 horas e 19h30 de sábado, com o corpo descoberto somente horas depois.

Diogo acabou sendo preso por suspeita de homicídio em decorrência da violência doméstica. O advogado tentou a conseguir a fiança do brasileiro, mas ela foi negada, de modo que ele permanece encarcerado desde então.

Dinheiro

A polícia australiana dá prosseguimento a investigação do caso envolvendo a professora Catiúscia Machado. Os policiais agora concentram esforços nos cartões de crédito e contas da brasileira entrada morta em Sidney, na Austrália, na noite do último dia 24.

A investigação se baseia na hipótese de que o suspeito do crime estava se valendo do dinheiro da trabalhadora, razão pelo qual não aceitaria uma separação, aponta a mãe da professora.

Eliaide Machado conta que sempre soube que a filha bancava as contas do namorado no exterior. Além do emprego como professora, Catiúscia recebia pensão do marido, um militar do Exército, que morreu há alguns anos.

“A polícia encontrou os cartões de crédito da Catiúscia e estão observando as movimentações”, explica. “Acredito que possam esclarecer alguns pontos que vão colaborar para apontar a culpa dele”.

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CategoriasCanoasPolícia
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