CRIME

Abuso sexual de recém-nascidos, bebês e crianças: Empresário escondia mais de 200 mil arquivos de pedofilia em Canoas

Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Canoas prendeu o homem na manhã desta quinta-feira (26); muitas das imagens tinham símbolos religiosos, explica delegado

Publicado em: 26/09/2024 13:40
Última atualização: 26/09/2024 14:22

A Polícia Civil prendeu um empresário, na manhã desta quinta-feira (26) em um condomínio no bairro Fátima, em Canoas, após encontrar arquivos que ele mantinha armazenados com milhares de fotografias e vídeos de pedofilia.

Policiais e peritos passaram a manhã inteira desta quinta-feira (26) analisando o material encontrado na residência do suspeito Foto: POLÍCIA CIVIL/DIVULGAÇÃO

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Segundo a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, mais de 200 mil arquivos foram encontrados, número que faz com o homem de 37 anos se torne o maior armazenador já encontrado no Estado.

Segundo o delegado Maurício Barison, a investigação durou aproximadamente nove meses e indicou que o suspeito fazia downloads de arquivos da internet e os armazenava em diversos dispositivos, como notebooks e HDs externos, com a finalidade de dificultar a localização.

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“O que chamou a nossa atenção foi a quantidade expressiva de arquivos e o perfil grotesco das imagens e vídeos, muitas inclusive envolvendo abusos sexuais de recém-nascidos, bebês e crianças”, explicou. O delegado ainda descreve que muitas das imagens tinham símbolos religiosos.

No local, os técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) iniciaram as varreduras digitais nos dispositivos que o suspeito mantinha no apartamento em que vivia por volta de 6 horas e só terminaram pelas 11 horas.

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Barison lembra que a DPCA de Canoas já havia prendido, no dia 27 de agosto, um homem em Torres que, conforme apurado na época, era o maior compartilhador de arquivos de pedofilia, porém não se comparava a quantidade do material encontrado nesta quinta-feira.

“Foi preso, sem dúvida, o maior armazenador de conteúdos de pedofilia do Rio Grande do Sul”, afirma. Segundo o IGP, com o preso foram encontrados mais de 205GB armazenados.

“Não chegamos a ele por meio de denúncia”, frisa. “Foi uma investigação complexa de um caso que segue sendo analisado e pode ter desdobramentos, caso seja descoberto algum tipo de abuso no condomínio.”

A residência do suspeito fotografada e analisada para verificar, no curso das investigações, se alguma das cenas de pedofilia foi realizada e filmada no local.

Canais de denúncia

  • Disque 100
  • Site do Ministério dos Direitos Humanos
  • Delegacia Estadual da Criança e do Adolescente (POA) – (51) 2131-5700
  • Departamento Estadual da Criança e do Adolescente – 0800-642-6400 ou (51) 98444-0606 (WhatsApp/Telegram)
  • Brigada Militar – 190
  • Polícia Civil – Denúncia On-line

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