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SAÚDE DOS PETS

OUTUBRO ROSA: Câncer de mama também afeta pets; entenda sintomas e como proteger

Durante mês de conscientização do câncer de mama, é importante não esquecer que pets também são afetados e entender quais sinais ficar de olho

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Publicado em: 03/10/2024 às 14h:43 Última atualização: 03/10/2024 às 14h:44
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No Outubro Rosa, mês de conscientização do câncer de mama, é importante não esquecer dos pets. Afinal, assim como os humanos, cães e gatos também podem ser afetados pela doença.

FIQUE POR DENTRO: Outubro Rosa: Um mês para conscientizar e para se prevenir contra o câncer de mama

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No Outubro Rosa, não esqueça dos pets

Foto: Freepik

No Brasil, entre os tumores malignos, o de mama é o que possui a maior incidência, de acordo com o veterinário Rodrigo Ubukata, membro do Grupo de Trabalho em Quimioterapia Veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP).

Ubukata explicou ao conselho que, dentre os animais, as fêmeas costumam ser mais afetadas pelo câncer de mama. Ainda assim, de 1% a 3% dos casos diagnosticados são em machos.

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O câncer de mama é mais comum em cadelas entre os 4 e 12 anos de idade. Já em gatas, é a partir de um ano de vida.

Um fator de peso para a incidência de casos é a falta de informação dos tutores sobre as formas de prevenção e sinais de alerta, já que as chances de cura são muito maiores caso o câncer seja descoberto cedo.

Entenda os principais sinais de alerta e como prevenir a doença nos pets:

Pets também precisam de exame de toque

Uma das formas de notar se há nódulos é o exame de toque nos pets, assim como é feito em humanos. Uma dica do veterinário é apalpar as mamas dos bichinhos durante brincadeiras ou carícias.

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Sintomas para ficar alerta

Entre os sintomas que podem indicar o câncer de mama nos pets, estão:

– Pequenos nódulos;

– Inchaços;

– Vermelhidões;

– Secreções que podem sair pelos mamilos.

Geralmente, os nódulos aparecem na área do pescoço até próximo a região genital dos bichinhos, além de poder estar presente entre os mamilos, explicou o membro da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do conselho, veterinário Otavio Verlengia.

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Castração é prevenção

A castração é considerada uma forma de prevenção do câncer, conforme o CRMV-SP.

O veterinário Ubukata contou que cadelas castradas até o primeiro cio possuem uma chance de 99% de evitar o câncer de mama, conforme estudos. Até o terceiro, o número diminui para 85%. As pesquisas também mostram que, em gatas castradas até os seis meses, o risco é reduzido em até 90%.

Como prevenir o câncer de mama em pets:

– Leve o pet em consultas com o médico veterinário regularmente;

– Converse com o profissional sobre a castração o mais cedo possível;

– Evite dar anticoncepcionais aos animais;

– Faça exame de toque nos pets com frequência;

Além disso, é importante ficar atento a mudanças na saúde do animal, como:

– Emagrecimento acentuado e sem motivo;

– Sangramentos inexplicáveis;

– Dificuldade em mastigar ou engolir;

– Odores incomuns;

– Feridas que não cicatrizam;

– Dificuldades para respirar, urinar ou evacuar;

– Nódulos pelo corpo.

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Consultas regulares no veterinário

Caso qualquer sinal ou mudança no animal seja notada, o recomendado é ir o mais rápido possível a um consultório veterinário para que o pet seja examinado. Mas não é apenas nesse momento que os veterinários são essenciais.

O CRMV-SP alerta para que os tutores levem os animais para consultas regularmente. Assim, é mais fácil identificar irregularidades na saúde do pet com maior rapidez.

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Tratamento 

O câncer de mama em animais também tem tratamento, explica o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PA)

Pode ser feita uma cirurgia para retirada, preferencialmente, de toda a cadeia mamária do pet. Assim é possível prevenir novos tumores de se desenvolverem. Ou, se o tumor estiver nas duas cadeias mamárias, é preciso fazer uma mastectomia em dois estágios.

A quimioterapia só é indicada caso for detectado um tumor mais agressivo, com indício de metástase e comprometimento dos linfonodos, afirmou o conselho.

Somente um médico veterinário poderá apontar o tratamento adequado para cada caso.

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