APARIÇÃO SURPREENDENTE

Espécie de tamanduá em extinção no RS é flagrada em parque estadual

Tamanduá-bandeira é considerado extinto no Estado há mais de um século

Publicado em: 18/12/2023 19:34
Última atualização: 21/12/2023 09:57
A presença de um animal raro no Rio Grande do Sul foi registrada recentemente na Barra do Quaraí, cidade da Fronteira Oeste gaúcha. É que uma armadilha fotográfica capturou o momento em que um tamanduá-bandeira passeava por entre as árvores do Parque Estadual do Espinilho durante a noite. A espécie é considerada extinta no Estado há 130 anos.
Tamanduá Foto: Reprodução
O primeiro clique foi divulgado nesta semana, por conta da celebração do Dia Nacional do Pampa (17 de dezembro), mas aconteceu em junho deste ano. Os equipamentos fotográficos haviam sido colocados por um grupo de ambientalistas que realizavam, justamente, uma expedição em busca de animais silvestres na unidade de conservação. Depois da primeira imagem, vieram outras. Entre os meses de julho, agosto e setembro, em turnos diferentes, surgiram novos registros da espécie no parque. Ainda não se sabe se a aparição é sempre do mesmo animal ou se há uma dupla de tamanduás-bandeira morando no local. O biólogo Fábio Mazim, que atua no Parque do Espinilho e faz parte do grupo responsável pelo registro, relata que ele e os outros pesquisadores acreditam que a presença do animal em território gaúcho é resultado de uma reintrodução feita na Argentina. “A gente acredita que esse bicho seja uma expansão do trabalho de reintrodução feito na Argentina, lá em Esteros del Iberá, do trabalho da Fundação Rewilding. Esses animais estão adentrando o Rio Grande do Sul. No Uruguai, o Tamanduá também já tinha sido extinto no mesmo período em que isso aconteceu aqui no Pampa brasileiro”, explica. A descoberta do tamanduá-bandeira no Rio Grande do Sul será relatada em um trabalho científico, desenvolvido em colaboração com pesquisadores da Argentina e do Uruguai.

Sobre o tamanduá-bandeira

Mamífero nativo da América do Sul, o tamanduá-bandeira foi assim denominado por ter o formato da cauda semelhante ao de uma bandeira. Na fase adulta, são animais solitários. Eles não costumam ser ágeis e só se tornam agressivos caso se sintam ameaçados.  Apesar de serem grandes e pesados, são as garras deles que os auxiliam na hora de se proteger de predadores, já que eles procuram refúgio em árvores.  Como se alimentam de insetos, acabam espalhando resíduos e nutrientes pelo solo, o que os traz uma função ecológica muito importante, de adubação da terra.
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