MEIO AMBIENTE
Entenda o fenômeno que deixou milhares de águas-vivas mortas na Praia do Cassino
Apesar de mortas, animais podem causar reações alérgicas nos banhistas
Última atualização: 10/01/2024 15:15
Milhares de águas-vivas têm aparecido mortas nas areias da Praia do Cassino, em Rio Grande, litoral sul do Estado. Apesar de surpreender, o evento ambiental é comum.
O professor do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Renato Nagata, explicou ao Portal Terra que, apesar de ser algo tradicional no litoral gaúcho, a época do ano mudou. Normalmente, essas águas-vivas, que se desenvolvem na Lagoa dos Patos e no Cassino, costumam morrer na primavera, entre os meses de novembro e dezembro.
Nagata afirma que um dos fatores que podem ter influenciado a mudança de comportamento nesta temporada é o volume de chuvas. As águas da Lagoa dos Patos estão menos salinas, o que atrasou a aparição desta espécie. As mortes são consideradas parte do ciclo natural, a diferença foi o intervalo de tempo.
No entanto, apesar de estarem mortas, Nagata recomenda que as pessoas mantenham a distância. Mesmo sem os tentáculos, essas águas-vivas, ou mães d’água como também são conhecidas, podem causar reações alérgicas.