O filme Anaconda, de 1997, levantou uma lenda sobre as cobras gigantes que vivem na Amazônia. E 27 anos depois, o apresentador de TV holandês Freek Vonk finalmente encontrou uma espécie parecida.
Em uma publicação no Instagram, Vonk afirma que a nova espécie pode ser considerada uma serpente gigante. “Descobrimos que a anaconda-verde é, na verdade, duas espécies diferentes. Embora pareçam idênticas à primeira vista, sua diferença genética é de 5,5%.”
O animal encontrado pelo apresentador mede mais de 8 metros de comprimento e deve pesar mais de 200 quilos. A expedição aconteceu em 2022 na Amazônia Equatoriana e conta com um estudo publicado na última sexta-feira (16), na revista científica Diversity.
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Segundo Vonk, a espécie foi denominada como Eunectes Akayima, que significa anaconda-verde do norte. “Vem de diversos idiomas indígenas do norte da América do Sul e quer dizer ‘grande cobra’.” Em relação à diferença entre as anacondas-verdes do sul e norte, o apresentador revela que, ao nível de comparação, humanos e chipanzés têm diferença genética de apenas 2%.
“A cabeça do animal é do tamanho da minha”
Ao descrever a anaconda-verde do norte, Vonk se impressiona. “A cabeça do animal é do tamanho da minha. É a maior sucuri que já vi, a sua espessura é a mesma do pneu de um carro.”
O apresentador, que também é pesquisador, enaltece a presença da cobra na Amazônia. “Esse lugar parece um lar para mim. E, por mais emocionante que seja a descoberta, a região amazônica está sob forte pressão das alterações climáticas e do contínuo desmatamento. Mais de um quinto da Amazônia já desapareceu, isso é 30 vezes mais que a área da Holanda.”
Vonk reitera que é necessária preservar o ambiente para que esses animais não desapareçam. “A sobrevivência destas icônicas cobras gigantes está ligada à proteção do seu habitat. Nossa pesquisa enfatiza os cuidados que precisamos ter com a maior floresta tropical do mundo”, completou nas redes sociais.
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