REFLEXÃO
Vilipêndio de cadáver
Palavra estranha no vocabulário, mas frequentemente praticada. Significa afronto, desprezo, ultraje
Última atualização: 23/04/2024 07:48
A atitude da sobrinha que levou o tio morto numa agência bancária para conseguir um empréstimo, antes de qualquer juízo de minha parte, deveria me fazer refletir sobre os meus próprios atos de "vilipêndio". Palavra estranha no vocabulário, mas frequentemente praticada. Significa afronto, desprezo, ultraje. Sem notar, afronto aquele que está "morto" - vulnerável na condição física, psicológica, espiritual, social, financeira. Na intenção de algum "empréstimo" - de vantagens pessoais, ou até por maldade, desprezo à dignidade do meu semelhante. Que está vivo.
Pode parecer forçada a comparação, mas em muitas situações nos meus relacionamentos, sou eu que empurro a cadeira de rodas, isto é, sou eu no comando. E neste domínio, a honra e a própria vida dos subordinados dependem de minhas atitudes. No ambiente familiar, ofício profissional, órgão público, cargo político... Na gerência de uma empresa, consultório médico, mesa de um restaurante... Enfim, em qualquer espaço, alguém está na direção e a dignidade das pessoas em jogo.
Por isto, se é crime o "vilipêndio de cadáver", que pode dar três anos de cadeia, qual a pena pelo afronto aos vivos? "Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês", diz Jesus no Sermão do Monte. "Respeitem todas as pessoas", lembra Pedro em sua primeira epístola. "Não façam nada por interesse pessoal (...) sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos", recomenda Paulo aos Filipenses. A dignidade humana é um direito de todos, isto porque fomos criados à semelhança de Deus. E agora o valor de cada ser humano está no preço da vida de Jesus afrontada na cruz.
A atitude da sobrinha que levou o tio morto numa agência bancária para conseguir um empréstimo, antes de qualquer juízo de minha parte, deveria me fazer refletir sobre os meus próprios atos de "vilipêndio". Palavra estranha no vocabulário, mas frequentemente praticada. Significa afronto, desprezo, ultraje. Sem notar, afronto aquele que está "morto" - vulnerável na condição física, psicológica, espiritual, social, financeira. Na intenção de algum "empréstimo" - de vantagens pessoais, ou até por maldade, desprezo à dignidade do meu semelhante. Que está vivo.
Pode parecer forçada a comparação, mas em muitas situações nos meus relacionamentos, sou eu que empurro a cadeira de rodas, isto é, sou eu no comando. E neste domínio, a honra e a própria vida dos subordinados dependem de minhas atitudes. No ambiente familiar, ofício profissional, órgão público, cargo político... Na gerência de uma empresa, consultório médico, mesa de um restaurante... Enfim, em qualquer espaço, alguém está na direção e a dignidade das pessoas em jogo.
Por isto, se é crime o "vilipêndio de cadáver", que pode dar três anos de cadeia, qual a pena pelo afronto aos vivos? "Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês", diz Jesus no Sermão do Monte. "Respeitem todas as pessoas", lembra Pedro em sua primeira epístola. "Não façam nada por interesse pessoal (...) sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos", recomenda Paulo aos Filipenses. A dignidade humana é um direito de todos, isto porque fomos criados à semelhança de Deus. E agora o valor de cada ser humano está no preço da vida de Jesus afrontada na cruz.
Pode parecer forçada a comparação, mas em muitas situações nos meus relacionamentos, sou eu que empurro a cadeira de rodas, isto é, sou eu no comando. E neste domínio, a honra e a própria vida dos subordinados dependem de minhas atitudes. No ambiente familiar, ofício profissional, órgão público, cargo político... Na gerência de uma empresa, consultório médico, mesa de um restaurante... Enfim, em qualquer espaço, alguém está na direção e a dignidade das pessoas em jogo.