JACKSON BUONOCORE
Uma reflexão sobre os exibicionistas digitais
Eles são incapazes de alcançar um nível profundo de consciência moral e espiritual?
Última atualização: 11/01/2024 11:11
É saudável contar as boas notícias e compartilhar as nossas conquistas, seja do ponto de vista material ou emocional. Mas quando isso é exposto de modo deslumbrante passa a ser exibicionismo, um impulso de valorização egoica de si mesmo.
Para Freud, cada um de nós começou a vida como um bebê exibicionista. Ele constatou que a maioria das pessoas na fase adulta domina esse instinto, porém, os exibicionistas continuam “bebês mimados”.
Por isso, a psicanálise entende que o exibicionismo é uma maneira de excitação erótica, onde se busca uma satisfação unicamente egocêntrica. Entretanto, no momento que as expectativas não forem atingidas podem causar frustrações e desilusões.
Essas coisas estão ligadas a baixa autoestima, uma necessidade neurótica de chamar atenção alheia por meio de selfies, fotos e vídeos para simular cenas virtuais de ostentação e sucesso em situações de viagens, festas, restaurantes, academias, praias, corpos, roupas etc.
Assim, as redes sociais se tornaram um grande quadro mosaico dos exibicionistas, que buscam de uma forma maniática através de likes ou comentários criar uma falsa sensação de autoconfiança e empoderamento para mascarar suas carências afetivas.
Na verdade, os exibicionistas digitais são incapazes de alcançar um nível profundo de consciência moral e espiritual. Então, usam o espelho narciso para que eles e os outros possam ver sem limites as sequências de suas imagens, que geralmente, não têm senso de ridículo, nem senso estético e sequer bom senso.
Para Freud, cada um de nós começou a vida como um bebê exibicionista. Ele constatou que a maioria das pessoas na fase adulta domina esse instinto, porém, os exibicionistas continuam “bebês mimados”.
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Para Freud, cada um de nós começou a vida como um bebê exibicionista. Ele constatou que a maioria das pessoas na fase adulta domina esse instinto, porém, os exibicionistas continuam “bebês mimados”.