Uma glória de Maria

Existem pessoas que têm um grau de importância como sociedade, que talvez a própria sociedade não compreenda o seu tamanho. Cresci vendo Glória Maria na televisão e ela sempre rainha da comunicação. Imponente diante dos entrevistados mais ovacionadas por diferentes conquistas. Conseguia ser tão celebridade quanto eles.

Deslumbrante na forma chique de se portar e de se expressar. Sempre nos foi referência de elegância e de desconstrução do óbvio como profissional dos microfones. Desde a década de 1970 no ar, atravessou gerações com um talento que se tornou legado de pioneirismo e conquistas para as mulheres na profissão. E para os jornalistas como um todo.

Passou a vida profissional, vivendo. E nos levando a viver. Conhecemos carimbos de passaporte de paisagens e experiências que nos aproximavam do mundo que tanto gostava de desbravar, provamos gastronomias extravagantes junto com ela, nos aventuramos na adrenalina que nos levava a compartilhar através do vídeo.

Das derrotas das guerras às vitórias no esporte, das autoridades máximas universais ao mais singelo dos entrevistados, Glória Maria honrou a história que construiu e a história que mudou com tantas conquistas e representatividade.

A moça que começou a carreira como telefonista da Embratel, e chegou à Globo como rádio-escuta para nunca mais sair, também não sairá da nossa memória de referência e reverência. Porque Glória é sinônimo de grandeza, de honra, de orgulho. O dicionário ainda acrescenta que glória é a fama que a pessoa tem por suas grandes obras e extraordinárias qualidades. Nada diferente do que conhecemos nesses anos todos, nas visitas que ela nos fazia pela TV de casa.