Opinião
Uma forte Zona Franca gaúcha
Momento de reconstruir e recomeçar do pós-cheias abre uma oportunidade interessante de desenvolvimento econômico
Última atualização: 21/07/2024 22:07
A tragédia das cheias históricas de maio que atingiram o Rio Grande do Sul pode ser transformada em alavanca para mudanças de rumo em vário setores do Estado. Uma real oportunidade de traçar um caminho novo a partir deste recomeço, desta reconstrução.
Os prejuízos são gigantescos, mas como é preciso pensar em recuperação, a vantagem é que estão se abrindo possibilidades de caminhos que talvez antes não fossem levados em conta devido a modelos já pré-estabelecidos, dentro daquele pensamento de não mexer na estrutura montada ao longo dos anos.
Dentro de tantas ideias ganhou força nos últimos dias a criação de uma Zona Franca para o Rio Grande do Sul, algo como a Zona Franca de Manaus, mas em um modelo com mais base, mais força e algo até mais moderno e que busque avançar no setor de inovação, oferecendo oportunidades, mas também buscando o compromisso com o desenvolvimento, e não apenas só oferecendo benefícios, mas também cobrando investimentos e resultados.
Já em maio o deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos colocou na mesa o projeto de lei de criação da Zona Franca da Reconstrução no Rio Grande do Sul (ZFRS), destinada a promover a reconstrução e desenvolvimento econômico nas áreas afetadas pelas enchentes ocorridas no ano de 2024.
Em junho, os presidentes Leonardo Lamachia e Pedro Alfonsin, respectivamente, da OAB/RS e da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio Grande do Sul (CAARS), se reuniram em Brasília (DF) com os os três senadores gaúchos - Ireneu Orth, Hamilton Mourão e Paulo Paim, - para protocolar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) visando a criação da Zona Franca do Rio Grande do Sul (ZF-RS).
Na sua posse, semana passada, Claudio Bier falou, novo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), também destacou que o Estado tem que buscar um regime tributário e de incentivos semelhantes aos aplicados na Zona Franca de Manaus, que possibilite um princípio de Zona Franca para o nosso Estado.
Ou seja, há muitas frentes buscando tornar real esta ideia que já teve alguns embriões no passado a fim de dar ao Estado do Rio Grande do Sul melhores condições de competitividade e incentivo à instalação de novos investimentos.
O momento de reconstrução, de recomeço, propicia que a ideia de criação da Zona Franca gaúcha prospere. E que se fortaleça com o apoio e a participação de vários setores.
E, neste momento, a união de esforços e de diferentes setores se faz necessária para que não se deixa passar esta oportunidade. Como diz um ditado gaúcho, muito utilizado no nosso meio empreendedor, "cavalo encilhado não passa duas vezes”.
Os prejuízos são gigantescos, mas como é preciso pensar em recuperação, a vantagem é que estão se abrindo possibilidades de caminhos que talvez antes não fossem levados em conta devido a modelos já pré-estabelecidos, dentro daquele pensamento de não mexer na estrutura montada ao longo dos anos.
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Os prejuízos são gigantescos, mas como é preciso pensar em recuperação, a vantagem é que estão se abrindo possibilidades de caminhos que talvez antes não fossem levados em conta devido a modelos já pré-estabelecidos, dentro daquele pensamento de não mexer na estrutura montada ao longo dos anos.