GUERRA
Um estranho acordo
A sucessão de narrativas na era midiática, em lugar de aplacar os ânimos, sustenta o conflito
Última atualização: 12/12/2023 22:13
O primeiro mandatário de Israel afirma que vai dizimar o Hamas. No entanto, de maneira até certo ponto em pensamento mágico, insistiu no acordo, antes da matança generalizada, para recuperar ou pelo mínimo trocar seus reféns, vivos ou mortos, pelos que foram corridos de Gaza com aviso prévio. Ou está jogando para a torcida ou os termos em negociação não são bem esses, alarmados universalmente por Netanyahu. Se os tais fundamentalistas tomaram a iniciativa e cruelmente geraram toda essa situação de conflito escalado, por que se poderia imaginar que agora fossem para a mesa de negociação encabrestados com ares de bom mocinho?
Claro que há pressões de todos os lados, capazes até de fazer um suicida reconsiderar suas posições. Belém, na Palestina, cancelou suas festividades de Natal, prevendo que o processo do armistício se estenda para muito além do período que mais propaga a paz como bandeira. Para os judeus o Natal não tem significado. Logo, uma das mais fortes moedas emocionais de troca para promover o recuo das animosidades se tornou nula.
A sucessão de narrativas na era midiática, em lugar de aplacar os ânimos, sustenta o conflito, pois ambos os lados enfatizam suas convicções ao longo da história, cada vez mais nebulosa e indecifrável.
O fundamentalismo islâmico é a figura que Israel tenta acusar na compreensão de bilhões de terráqueos, enquanto a Palestina, que ora responde pelo Hamas, ora não, assegura que a dizimação do órgão político-militar nunca acontecerá. Quem pôde assistir ao filme Oppenheimer sabe que na guerra, a primeira derrotada é a verdade.
Claro que há pressões de todos os lados, capazes até de fazer um suicida reconsiderar suas posições. Belém, na Palestina, cancelou suas festividades de Natal, prevendo que o processo do armistício se estenda para muito além do período que mais propaga a paz como bandeira. Para os judeus o Natal não tem significado. Logo, uma das mais fortes moedas emocionais de troca para promover o recuo das animosidades se tornou nula.
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Claro que há pressões de todos os lados, capazes até de fazer um suicida reconsiderar suas posições. Belém, na Palestina, cancelou suas festividades de Natal, prevendo que o processo do armistício se estenda para muito além do período que mais propaga a paz como bandeira. Para os judeus o Natal não tem significado. Logo, uma das mais fortes moedas emocionais de troca para promover o recuo das animosidades se tornou nula.