A maioria das pessoas, quando ouve falar em saúde mental, pensa em doenças mentais. Por isso, a Organização Mundial da Saúde afirma que um indivíduo mentalmente saudável não é o que tem ausência de transtornos mentais, mas boas condições de vida em termos socioeconômicos e bioambientais.
Na ótica da psicanálise, a saúde mental vive um cenário político, econômico e social de instabilidade. Freud já apontava essa desordem em O mal-estar na cultura.
Assim, os conceitos de saúde mental originaram-se no ocidente, sob o nome de modernidade, baseando-se na ação infinita do homem sobre a natureza e na supremacia da razão.
Hoje, esses princípios prometem a felicidade plena e a realização total das pulsões. É a nova linguagem do sucesso, que leva as pessoas a gabarem-se da sua excelência e dedicação.
Porém, à medida que o sucesso não ocorre, a vida se torna desmotivada e o trabalho fica desprovido de sentido. Então, surge a ansiedade e a depressão como respostas à “defesa primitiva do eu infantil”.
Isso estimula o consumo de alimentos gordurosos, ultraprocessados e de açúcares, que estão associados ao agravamento das doenças mentais, deixando também as pessoas fisicamente doentes.
Afinal, o cuidado com a saúde mental deve buscar uma alimentação saudável, que garanta o equilíbrio emocional e a eficácia das funções psíquicas da dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina. Aliás, a saúde mental é tão vital quanto cuidar do corpo, considerando a sua prevenção, percepção e tratamento.
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