Pois, ao acompanhar o fracasso miserável da ONU, criada para promover a paz entre os povos, nesta onda de guerras lá do outro lado do mundo, mas que respinga em todos nós, lembrei-me que domingo retrasado (5), era a data de nascimento de Rui Barbosa, o Águia de Haia, que brilhou na Conferência de Paz em Haia, Holanda, em 1907.
Poliglota, falava até em alemão, católico, mas com proximidade ao protestantismo, abolicionista ferrenho, pois viria a queimar documentos da escravidão para evitar que os escravocratas pleiteassem indenização do Estado, ato que lhe custou a derrota à Presidência para Hermes da Fonseca.
Em 1921, paraninfa os formandos em Direito de São Paulo e proferiu seu lapidado texto “Oração aos moços”, uma preciosidade literária.
Mas, com sua invejável inteligência, era tambem extraordinariamente astuto, ao ponto de, em sua militância advocatícia, ter levado uma reprimenda de um juiz da Suprema Corte ao defender uma tese totalmente contrária da que havia defendido na semana anterior em sustentação oral e vencida a causa. Ele não se perturbou e respondeu com um sorriso: – Realmente Excelência, é que naquela eu estava equivocado(….). Talvez os que me leem poderão perguntar qual a relação disto com as primeiras linhas do meu texto, e, eu respondo com convicção, faltam “RUIS”.
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