HISTÓRIA
Quem perdeu foi a educação
Sou um defensor às vezes intransigente da educação
Última atualização: 09/07/2024 19:38
Pois em nossas vidas, há muitas maneiras de apostar na vitória e receber uma derrota, por isto, aprendi cedo a apaixonar-me pelos problemas, não pela solução, como ensina Uri Levine, às consequências, devemos assimilar com a alma em paz.
Por natureza, sou um defensor às vezes intransigente da educação: não vejo horizonte sem ela, assim como havia um político que já nos deixou há duas décadas.
Nosso poeta e escritor Carpinejar sempre contou que seu tio tinha um restaurante em Erechim, ponto de parada dos ônibus, e, certa feita viu da cozinha um menino sentado no ônibus vazio enquanto todos almoçavam. Abandonou as panelas e foi ver o que havia. "Senhor, meu último trocado foi para a passagem", informou o menino. Recebeu ordem de descer imediatamente e sentar-se à mesa. "Aqui almoça quem tem fome, com ou sem dinheiro". O menino era ninguém mais nem menos do que Leonel Brizola, que não preciso talvez cansar vocês com seus feitos, pois são mais que públicos.
Sempre tive uma obstinação em saber por que este homem tinha tanta paixão pela educação e pela alimentação às crianças e jovens. Aí entendi: só quem passa fome dá o verdadeiro valor à comida e só que está alimentado, raciocina. Ninguém implantou tantas escolas como este homem, que mesmo derrotado para ser nosso presidente, humilhou-se e reivindicou o Ministério da Educação ao vencedor. Duplicaram a humilhação e ofereceram-lhe a embaixada do Uruguai, de triste memória.
Eleições e sonhos foram sequestrados, mas digo com todas as letras: Não foi ele quem perdeu.
Por natureza, sou um defensor às vezes intransigente da educação: não vejo horizonte sem ela, assim como havia um político que já nos deixou há duas décadas.
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Por natureza, sou um defensor às vezes intransigente da educação: não vejo horizonte sem ela, assim como havia um político que já nos deixou há duas décadas.