QUE BONITO! QUE FEIO!
Que bonito! Que feio! A estética do comportamento
Adultos bem-educados preparam as gerações que os sucedem
Última atualização: 05/09/2024 22:19
Que bonito! Que coisa mais feia! Bonito, hein!? Essas expressões ainda ecoam desde os tempos de menino. Eram uma forma de juízo sobre as atitudes da gente. Uma avaliação da estética do nosso comportamento.
Um auxílio nos serviços da casa - lavar louça, cortar a grama, ajudar na limpeza, tirar o sapato ao entrar em casa - eram, por vezes, elogiados com o "Que bonito!". Se o serviço era feito, sem que fosse solicitado e surpreendesse os adultos, podia vir até um "Que maravilha!", com o "i" mais longo.
Xingar os amigos durante uma brincadeira, geralmente na rua, com aquele repertório infinito de blasfêmias, jamais podia ser ouvido por um adulto. A repreensão vinha com certeza: "Que coisa mais feia!" A depender do calibre do xingamento, poderia vir o puxão de orelha sucedido pelo "Já pra casa".
A manifestação adequada do adulto é indicativa da importância que a criança tem para ele.
No contexto das catástrofes climáticas em solo gaúcho, também podemos falar da estética do comportamento humano. Há os que ajudam, considerando os flagelados. "Que bonito!" Há os que ajudam e pensam em si mesmos. A primeira coisa é postar a importância de sua boa ação nas redes sociais. Pode contar votos no próximo pleito inclusive. "Que coisa mais feia." Ainda não tem a expressão correta para a autopromoção alavancada pela dor alheia. No repertório dos tempos de menino, usado na rua não supervisionada por adultos, tinha...
Adultos bem-educados preparam as gerações que os sucedem. Importar-se com o que as crianças vivenciam - e elas aprendem extremamente rápido - é uma maravilha.
Um auxílio nos serviços da casa - lavar louça, cortar a grama, ajudar na limpeza, tirar o sapato ao entrar em casa - eram, por vezes, elogiados com o "Que bonito!". Se o serviço era feito, sem que fosse solicitado e surpreendesse os adultos, podia vir até um "Que maravilha!", com o "i" mais longo.
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Um auxílio nos serviços da casa - lavar louça, cortar a grama, ajudar na limpeza, tirar o sapato ao entrar em casa - eram, por vezes, elogiados com o "Que bonito!". Se o serviço era feito, sem que fosse solicitado e surpreendesse os adultos, podia vir até um "Que maravilha!", com o "i" mais longo.