RECONHECIMENTO
Quarto de Despejo
Carolina Maria de Jesus foi uma escritora negra brasileira que narrou em seus livros as condições de miséria da favela
Última atualização: 01/01/2025 22:59
Carolina Maria de Jesus foi uma escritora negra brasileira que narrou em seus livros as condições de miséria da favela. Carolina teve uma vida dificílima desde a infância, pois era neta de escravizados e filha de uma lavadeira analfabeta, que tinha sete filhos.
Ela chegou a São Paulo em 1937, mas sua rebeldia não se adaptou ao trabalho doméstico. E na época, ninguém dava emprego à mãe solteira, então Carolina foi morar na rua.
Apesar de ter apenas dois anos de estudo, tornou-se uma escritora nacionalmente conhecida em 1960, porque desde criança possuía o desejo intenso de aprender a ler e a curiosidade incessante sobre o mundo.
A sua primeira publicação foi Quarto de Despejo: diário de uma favelada, um relato do cotidiano da favela do Canindé, na cidade de São Paulo. A obra reverbera a dureza da fome de um Brasil profundo, onde os pobres vivem em meio ao cheiro do lixo e dos dejetos humanos.
Esse livro se tornou um best-seller, ultrapassando a venda de 10 mil exemplares em uma semana, tendo oito edições no ano de seu lançamento, traduzido para 16 idiomas e publicado em 46 países.
Carolina é uma autora de uma escrita memorialista erguida no poder da palavra e na paixão pela literatura, que deu voz à periferia e trouxe um olhar mais próximo do real. Ela morreu no dia 13 de fevereiro de 1977, cansada, asmática e esquecida.
Porém, após sua morte, Quarto de Despejo continuou a ser editado e Carolina virou nome de rua, de biblioteca e sua obra se transformou em dissertações e teses acadêmicas.
Ela chegou a São Paulo em 1937, mas sua rebeldia não se adaptou ao trabalho doméstico. E na época, ninguém dava emprego à mãe solteira, então Carolina foi morar na rua.
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Ela chegou a São Paulo em 1937, mas sua rebeldia não se adaptou ao trabalho doméstico. E na época, ninguém dava emprego à mãe solteira, então Carolina foi morar na rua.