Opinião
Quanto a gasolina vai baixar por aqui
Alguns postos da região do Vale do Sinos já praticam preço bem abaixo da média estadual, o que pode fazer com que a queda não chegue aos 30 centavos a menos projetados ao consumidor pela Petrobras
Última atualização: 26/03/2024 20:53
Com a nova política de preços da Petrobras, a tendência é que os preços dos combustíveis caiam a partir desta quarta-feira (17), que é quando passa a valer a nova política da poderosa estatal. Mas vale dizer que esta baixa não deve ser assim tão "brusca", em um primeiro momento, em alguns postos aqui da região do Vale do Sinos.
O motivo pelo qual não dá para se cravar de quanto será esta queda, principalmente quando se fala de gasolina aqui na região do Vale do Sinos - onde, por exemplo, alguns postos já vem apresentando preços promocionais - é que o valor já está bem abaixo da média estadual na região.
Nos levantamentos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), por exemplo, na última semana, a gasolina gaúcha apresentava um preço médio de R$ 5,30, ou seja, bem acima dos valores praticados por alguns postos do Vale do Sinos, que chegam a comercializar o litro até abaixo da casa dos R$ 4,70 (entre R$ 4,63 e R$ 4,69)
Por isso, tudo vai depender, pelo menos por aqui - principalmente em São Leopoldo, Novo Hamburgo e cidades mais próximas - de como o mercado vai reagir. A velha lei da oferta e procura. Mas a tendência é que o preço não caia , por exemplo, os 40 centavos anunciados pela Petrobras nas refinarias ou os quase 30 centavos para os usuários.
O diesel até pode ter estes 12,8% de redução anunciados nesta terça-feira (cerca de 44 centavos no litro) aparecendo nas bombas da região. O mesmo vale para o gás de cozinha, que pode ter uma queda de quase dez reais no tradicional botijão de 13 quilos.
Mas tudo, como já dito, depende do mercado, afinal, nenhum destes preços é hoje tabelado, mas sim, regulado pela margem de lucro, em lei adotada há 20 anos.
Vale lembrar que em uma fiscalização feita pelo Procon leopoldense, há alguns dias, quando houve aquela disparada de preços da gasolina, apontava-se que até o valor de R$ 5,39 era dentro da margem de lucro permitida. Esta referência é que deve mudar. Quanto? Bom, daí só vendo a nota de compra dos postos de combustível (a margem de lucro permitida é de 20%)
E o etanol?
Fora desta nova formulação da Petrobras, a princípio é o etanol que sofre nesta história, seguindo “muito mais caro” na relação custo-benefício com a gasolina, algo que já fez muitos postos da região desistirem de comercializarem o combustível, que, para valer a pena nos carros flex (já que é raro um carro movido apenas a etanol) teria que custar, no máximo, 70% do valor do litro da gasolina (ou seja, no atual cenário, mais de um real a menos).
Resta saber se o governo federal vai buscar alguma compensação (e aí isso pode afetar a gasolina, que tem porcentagem de etanol na sua mistura) para este produto que já foi vendido como sendo o futuro do País, mas que nos últimos anos caiu em desuso.
O motivo pelo qual não dá para se cravar de quanto será esta queda, principalmente quando se fala de gasolina aqui na região do Vale do Sinos - onde, por exemplo, alguns postos já vem apresentando preços promocionais - é que o valor já está bem abaixo da média estadual na região.
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O motivo pelo qual não dá para se cravar de quanto será esta queda, principalmente quando se fala de gasolina aqui na região do Vale do Sinos - onde, por exemplo, alguns postos já vem apresentando preços promocionais - é que o valor já está bem abaixo da média estadual na região.