HOMENAGEM
Professor Olivetto
Nada mais oportuno do que escrever sobre o papa da publicidade
Última atualização: 15/10/2024 21:22
Nada mais oportuno do que escrever sobre o papa da publicidade exatamente hoje. Washington Olivetto entregou sua carta de rescisão com o peso de mais de 50 anos dedicados reluzentemente à comunicação de marcas e produtos que ficarão para sempre na nossa memória. Aos 19 anos já dava para perceber sua vocação "enfant terrible". Fenômeno.
O internacionalmente melhor reputado publicitário brasileiro foi um professor: ensinou clientes a respeitarem suas viagens criativas que num primeiro momento, todas, poderiam parecer fora da casinha. Ensinou profissionais de várias gerações, dos dois lados do balcão, a identificar o que era boa e má propaganda. Estimulou redatores a ousarem, a não se limitarem à letra fria do briefing (síntese das necessidades mercadológicas de uma empresa) quando se dirigissem ao cotidiano das pessoas, à emotiva rotina de vida da multidão que apreciava sua obra pop na TV, cinemas, revistas, jornais e outdoors. Chefiou com audácia muitas de suas equipes e se autodeclarou certa ocasião, "chairsman of the board", afinal tocava com habilidade suprema todos os instrumentos das orquestras criativas que chancelou. Sim, porque sua pessoa física sempre foi maior do que a jurídica.
Falar sobre seus bordões seria enxugar gelo, haja vista que a comunicação imediata com que convivemos já tratou desse novelo. Entre tantas virtudes, deu à letra W um valor neuro-gráfico fora da curva, ao fundar a W/Brasil. Era defensor da grande ideia, que mesmo polêmica, somava pontos: a censurada campanha Compre Baton, da Garoto, nunca mais será esquecida. Compre Baton, Washington!
O internacionalmente melhor reputado publicitário brasileiro foi um professor: ensinou clientes a respeitarem suas viagens criativas que num primeiro momento, todas, poderiam parecer fora da casinha. Ensinou profissionais de várias gerações, dos dois lados do balcão, a identificar o que era boa e má propaganda. Estimulou redatores a ousarem, a não se limitarem à letra fria do briefing (síntese das necessidades mercadológicas de uma empresa) quando se dirigissem ao cotidiano das pessoas, à emotiva rotina de vida da multidão que apreciava sua obra pop na TV, cinemas, revistas, jornais e outdoors. Chefiou com audácia muitas de suas equipes e se autodeclarou certa ocasião, "chairsman of the board", afinal tocava com habilidade suprema todos os instrumentos das orquestras criativas que chancelou. Sim, porque sua pessoa física sempre foi maior do que a jurídica.
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O internacionalmente melhor reputado publicitário brasileiro foi um professor: ensinou clientes a respeitarem suas viagens criativas que num primeiro momento, todas, poderiam parecer fora da casinha. Ensinou profissionais de várias gerações, dos dois lados do balcão, a identificar o que era boa e má propaganda. Estimulou redatores a ousarem, a não se limitarem à letra fria do briefing (síntese das necessidades mercadológicas de uma empresa) quando se dirigissem ao cotidiano das pessoas, à emotiva rotina de vida da multidão que apreciava sua obra pop na TV, cinemas, revistas, jornais e outdoors. Chefiou com audácia muitas de suas equipes e se autodeclarou certa ocasião, "chairsman of the board", afinal tocava com habilidade suprema todos os instrumentos das orquestras criativas que chancelou. Sim, porque sua pessoa física sempre foi maior do que a jurídica.