abc+

Opinião

Por que só agora?!

Publicado em: 07/04/2023 às 03h:00 Última atualização: 01/03/2024 às 08h:42
Publicidade

Duvido que alguém aqui não tenha se colocado no lugar daqueles pais, daquelas professoras, da comunidade de Blumenau e, principalmente, no lugar daqueles pequenos anjos que nada fizeram para merecer tamanha crueldade.

Eu só conseguia ficar imaginando aqueles casais que deixaram suas preciosidades para uma manhã de brincadeira, aprendizagem e diversão na escolinha… e tiveram que buscá-los no necrotério. Uma semana que começou com os encantos da Páscoa, e terminou no cemitério.

Aí vou além e pergunto: o que nós temos que tirar de lição do que vimos e choramos?! Como separar a dor do lamento e respirar fundo para o que precisamos evoluir como sociedade para que não tenhamos novas provas como essas para aprender algo sobre humanidade?

Sim, porque duvido que uma ação de tamanho impacto de um assassino não seja para que todos nós saiamos dos eixos e mudemos.

Agora o governo vai destinar milhões em segurança. Agora as prefeituras estão se preocupando em colocar guardas nas escolas. Agora um colegiado ministerial vai trabalhar para achar soluções. Agora. Por que só agora?!

Se os gritos de socorro já estão vindo numa sequência avassaladora de tragédias há, pelo menos, 10 anos?!

Noventa dias para pensar uma solução? Se em uma única semana duas cenas em duas escolas e duas cidades diferentes escancararam essa necessidade?! Por que vamos dar tempo aos ordinários? Precisamos ser tão ágeis quanto os malfeitores porque não dá mais para chorar e lamentar, enquanto novos nomes entram para as estatísticas.

Não é possível que numa situação emergencial, se ganhe tempo para o que é agora de preservação de vidas.

Quarta-feira chorei, tentei entender, pedi a Deus para explicar o porquê daquilo que chegava de notícia… e sequer conhecia qualquer um dos pequeninos e suas famílias. Imagine quem é parte desse sofrimento?! Não tem como imaginar, né?!

Espero que quem tem papel e caneta para mudar o rumo da insegurança, imagine… e aja.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade