Vivi uma infância feliz numa pequena comunidade do interior gaúcho. O produto marcante do local era o leite, à época vendido em garrafas de vidro. As garrafas, quando sobreviviam ao vai-e-vem dos comércios e dos lares, eram devolvidas e não havia o adicional do "casco".Essa dinâmica durou pouco. Logo veio o leite em saquinhos plásticos, simplesmente indestrutíveis e não retornáveis. Lembro que nos desafiávamos a tentar estourá-los, equilibrando-nos sobre eles. Sem sucesso. Uma vez abertos, lixo.Na nossa casa, o quintal cedeu espaço para mais esses monstrengos extremamente resistentes e, principalmente, práticos. Não quebravam, não precisavam ser lavados e não eram...
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