Permita-se o resgate do espírito de natal

Já há alguns anos, tenho buscado nestes tempos pré-natalinos algo que voltasse a mexer com meus mais profundos sentimentos, capazes de resgatar memórias de adventos em que os dias eram mais demorados, o comércio menos ávido. Havia menos duendes e papais noéis e mais presépios, rezas e canções de render graças. Houve uma época em que até no famoso Natal de Gramado, as luzes brilhavam mais nos olhos das pessoas do que nas ruas. Fico saudosista lembrando quando os diversos coros caminhavam cantando tradicionais canções natalinas em plena avenida principal por lá.

Pois no ano passado, aceitei o convite de um dos coros mais antigos do país, prata da casa de Novo Hamburgo, quando se apresentou na igreja Três Reis Magos de Hamburgo Velho. Foi demais! Um sublime resgate ao espírito mágico do Natal. Não teve cristão, católico, evangélico, ou de qualquer profissão religiosa que não se deixasse tocar com tamanha beleza. Acredite, fui às lágrimas e tomei a derradeira decisão de voltar a cantar para poder ajudar a passar as mensagens que a música é capaz transmitir.