ENCHENTES NO RS
Os próximos desafios
teremos que resolver a transição da população dos abrigos e reconstruir psicologicamente a multidão que perdeu tudo
Última atualização: 04/06/2024 22:40
Depois da maior tragédia do RS, teremos que resolver a transição da população dos abrigos e reconstruir psicologicamente a multidão que perdeu tudo.
Muita gente sequer conseguiu voltar à sua casa. Milhões de gaúchos convivem com a ansiedade de encarar a realidade pós-enchente. Vídeos chegam a nós para revelar o terror do lodo malcheiroso, das lembranças destroçadas e do patrimônio destruído pela água.
É impensável imaginar que as sequelas desaparecerão, porque elas estarão latentes e vão emergir a cada dia de chuva. A vontade urgente é mudar de endereço, mas a realidade obriga a permanência no mesmo lugar onde o horror invadiu a rotina destes gaúchos.
Já a reconstrução psicológica é tarefa para especialistas. É o universo cotidiano destas pessoas, forjadas pela experiência para amparar, ajudar, ouvir, incentivar e estabelecer vínculos capazes de, ao menos, minimizar os episódios traumáticos de maio de 2024.
Para psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, serão tarefas rotineiras em ambientes como consultórios, unidades de saúde, hospitais ou locais frequentados por voluntários. Apesar do conhecimento e da prática, assusta porque se trata de uma empreitada gigantesca - pelo volume de pessoas atingidas e pela intensidade do trauma.
Acomodar os flagelados, dando-lhes casas dignas, exigirá paciência. A burocracia que marca a aplicação do dinheiro de todos os brasileiros é estímulo à corrupção e imensa demora. Sem a força do voluntariado e da iniciativa privada, milhões de gaúchos continuarão ao relento por meses. Talvez anos.
Muita gente sequer conseguiu voltar à sua casa. Milhões de gaúchos convivem com a ansiedade de encarar a realidade pós-enchente. Vídeos chegam a nós para revelar o terror do lodo malcheiroso, das lembranças destroçadas e do patrimônio destruído pela água.
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Muita gente sequer conseguiu voltar à sua casa. Milhões de gaúchos convivem com a ansiedade de encarar a realidade pós-enchente. Vídeos chegam a nós para revelar o terror do lodo malcheiroso, das lembranças destroçadas e do patrimônio destruído pela água.