OPORTUNISMOS
Os novos velhos golpes
É grande o contingente de pessoas que buscam apoio "salvador"
Última atualização: 17/12/2024 21:20
Cativante, manipulador e agressivo. Assim foi descrito mais um golpista considerado “líder espiritual” que criou uma comunidade na região metropolitana de Porto Alegre. O assunto virou manchete na semana passada.
Segundo a polícia, há um desvio de R$ 20 milhões, obtido graças à crença de inúmeras pessoas de que ele, realmente, tinha poderes sobrenaturais capazes de fazer os incautos encontrar a paz. Numa época de comunicação plena, tenho dificuldade em acreditar que haja pessoas com razoável poder aquisitivo e formação que acreditam em charlatões. O golpe é tão antigo quanto o “conto do bilhete”.
É grande o contingente de pessoas que buscam apoio “salvador” para problemas principalmente emocionais. Tenho amigos que dedicam finais de semana à convivência com “magos e bruxas”. Desembolsam altos valores e alimentam a ilusão de que encontraram o bálsamo para os males espirituais.
Reajo com discrição aos relatos entusiasmados dos “milagres”. Adoto esta postura em nome da amizade de longa data, e para não ferir ilusões. Sinto pena e aqui não se trata de alguém amargurado com a vida.
Passadas algumas semanas estes amigos cessam os comentários sobre a experiência espiritual que custou dinheiro e tempo. Mas esta postura muda alguns dias depois, quando descobrem novas práticas, gurus e modalidades para salvar as pessoas.
Muitos leitores dirão, com razão, que há séculos há cristãos que jamais viram Jesus Cristo “ao vivo” ou conversaram com Deus. Como sempre dizia meu pai, o equilíbrio nunca está nos extremos, mas sempre no meio termo. Por isso, para muita gente, acreditar é o combustível de sua existência, mas é preciso ser minimamente racional. Para evitar frustrações, depressão e prejuízos.
Segundo a polícia, há um desvio de R$ 20 milhões, obtido graças à crença de inúmeras pessoas de que ele, realmente, tinha poderes sobrenaturais capazes de fazer os incautos encontrar a paz. Numa época de comunicação plena, tenho dificuldade em acreditar que haja pessoas com razoável poder aquisitivo e formação que acreditam em charlatões. O golpe é tão antigo quanto o “conto do bilhete”.
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Segundo a polícia, há um desvio de R$ 20 milhões, obtido graças à crença de inúmeras pessoas de que ele, realmente, tinha poderes sobrenaturais capazes de fazer os incautos encontrar a paz. Numa época de comunicação plena, tenho dificuldade em acreditar que haja pessoas com razoável poder aquisitivo e formação que acreditam em charlatões. O golpe é tão antigo quanto o “conto do bilhete”.