NOS TEMPOS ATUAIS
O recorte perfeito do brasileiro
A tevê apenas recruta para o monitor do seu televisor e dos celulares, um exato recorte da população brasileira
Última atualização: 06/02/2024 10:56
Muitas pessoas não acreditam e me perguntam como é que o reality mais popular do Brasil se perpetua e apesar de todas as mudanças ocorridas no campo político e da comunicação digital, ainda conta com uma aderência gigante da audiência e merece a destinação de polpudas verbas publicitárias.
Ocorre que a tevê apenas recruta para o monitor do seu televisor e dos celulares, um exato recorte da população brasileira. Temos o maluco de pedra, o alucinado, o arrogante, o insensato, o hiperativo, a hipócrita, o falso, o riquinho, o malandro, quer dizer, todas as camadas psicossociais se veem ali contempladas. E quem não gostaria de se ver na telinha? O povo adora se ver na TV, ou fantasiar, como nas novelas.
Não se trata de uma doença nacional, ela é notadamente mundial. É claro que estando no Brasil, é importante salientar que não é todo mundo, sempre existem exceções, se é que exceção tem plural. A crise de caráter é coisa do animal homem mesmo. Está presente em todos os quadrantes da Terra.
Quando esses quase maníacos por notoriedade e dinheiro são submetidos a uma tortura, ficar em perímetro de cárcere privado e sob pressão, competindo por um prêmio que possivelmente não conquistariam a vida inteira, é esperado que ajam como seres atávicos primitivamente e que em determinado momento esgotem as ofensas pessoais e partam para as vias de fato.
Mesmo que a galera deixa disso esteja sempre pronta para intervir e a segurança possa invadir a casa a qualquer momento para apartar desinteligências, dias antes do fim dessa temporada, prevejo dificuldades sem cura num futuro episódio.
Ocorre que a tevê apenas recruta para o monitor do seu televisor e dos celulares, um exato recorte da população brasileira. Temos o maluco de pedra, o alucinado, o arrogante, o insensato, o hiperativo, a hipócrita, o falso, o riquinho, o malandro, quer dizer, todas as camadas psicossociais se veem ali contempladas. E quem não gostaria de se ver na telinha? O povo adora se ver na TV, ou fantasiar, como nas novelas.
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Ocorre que a tevê apenas recruta para o monitor do seu televisor e dos celulares, um exato recorte da população brasileira. Temos o maluco de pedra, o alucinado, o arrogante, o insensato, o hiperativo, a hipócrita, o falso, o riquinho, o malandro, quer dizer, todas as camadas psicossociais se veem ali contempladas. E quem não gostaria de se ver na telinha? O povo adora se ver na TV, ou fantasiar, como nas novelas.