EDUCAÇÃO
O que foi que ele fez?
Como acabar com o racismo? Com a constante, ininterrupta e incansável educação
Última atualização: 21/03/2024 10:36
Durante a Segunda Guerra Mundial, minha vovó não saiu de casa. Ficou presa no seu pátio com medo de ser considerada nazista, vivendo no seu mundo pois só falava alemão.
Em 1945, ou mesmo antes, justificar atitudes de pessoas como normais, embora ofensivas, ou tratar outras de forma pejorativa por conta da cor ou credo, ainda poderia ser desculpa.
Hoje não há mais espaço ou subterfúgio de que não quis ofender ou era apenas uma brincadeira.
Para a vovó Streb, numa terra de colonização alemã, não havia muitas pessoas negras no seu convívio. E ela também sofreu preconceito.
E hoje, como acabar com o racismo? Com a constante, ininterrupta e incansável educação. Repetindo, repetindo e repetindo. Porque não se admite variável neste assunto.
É igual a ensinar a criança a escovar os dentes. Todos os dias os pais falam: "Escova os dentes". Amanhã repetem: "Escova os dentes". Num determinado dia ela mesma faz, sem lembretes ou empurrões.
Vinícius Júnior, para mim, é um dos mais talentosos jogadores de futebol, atleta do Real Madrid. Nesta última semana, foi novamente alvo de racismo pela torcida do time adversário. Nada sei da vida pessoal dele, mas sei que em Novo Hamburgo ele mantém um projeto social para crianças da rede pública. Qual é o seu pecado? Talvez seu talento.
Que consigamos praticar o lema da Campanha da Fraternidade deste ano, buscando valorizar a amizade social e a viver a beleza da fraternidade além dos nossos gostos, afetos e preferências, num mundo de diálogo, justiça igualdade e paz.
Em 1945, ou mesmo antes, justificar atitudes de pessoas como normais, embora ofensivas, ou tratar outras de forma pejorativa por conta da cor ou credo, ainda poderia ser desculpa.
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Em 1945, ou mesmo antes, justificar atitudes de pessoas como normais, embora ofensivas, ou tratar outras de forma pejorativa por conta da cor ou credo, ainda poderia ser desculpa.