SER SOLIDÁRIO
O prazer de negar
Tabelião escreve sobre comportamento que considera perverso
Última atualização: 21/06/2024 12:33
Quando eu era adolescente, ficava muito chateado, às vezes até com raiva, uma postura quase permanente de meu querido pai Eugenio, que praticamente sempre negava qualquer pedido que eu fazia. Depois de algum tempo, tendo em conta que ele e minha mãe tinham 12 filhos e trabalhavam da manhã à noite, passei a entender que, talvez, para ele, fosse uma “técnica”, pois era impossível atender inúmeros desejos de tantos filhos. A técnica consistia em negar sempre, num primeiro momento, para depois, examinando melhor a situação, poder conceder alguns desses pedidos dos filhos.
Esse tema me veio à mente, lendo um texto do psicólogo Jair Donato, intitulado justamente o prazer de negar. Tenho certeza de que não era esse o caso de meu pai, pois, no caso de nossa família, era uma questão de necessidade e sobrevivência. Mas, aproveitando tal texto, passei a refletir sobre essa postura de muitas pessoas que, efetivamente, parecem ter prazer em negar. Nesse caso, querendo tirar proveito da situação, para depois posar de gente boa, concedendo aquilo que negaram.
Donato afirma: “Quando ela nega e depois oferece, é como se reconquistasse algum poder, é o momento quando posa de benfeitor. Só que não, pois isso desagrega e descontenta os demais. Deixar o outro esperar um pouco mais para depois ajudar, agir satiricamente ou esboçar humor irônico e sarcástico, antes de uma ajuda dá a ilusão de alegria a quem tem esse perfil”. Com esse tipo de postura, mesmo oferecendo ajuda depois, isso nada tem de meritório, ao contrário, chega a ser perverso. Precisamos, cada vez mais, é de espontaneidade no ato de ajudar, de ser solidário.
Esse tema me veio à mente, lendo um texto do psicólogo Jair Donato, intitulado justamente o prazer de negar. Tenho certeza de que não era esse o caso de meu pai, pois, no caso de nossa família, era uma questão de necessidade e sobrevivência. Mas, aproveitando tal texto, passei a refletir sobre essa postura de muitas pessoas que, efetivamente, parecem ter prazer em negar. Nesse caso, querendo tirar proveito da situação, para depois posar de gente boa, concedendo aquilo que negaram.
Donato afirma: “Quando ela nega e depois oferece, é como se reconquistasse algum poder, é o momento quando posa de benfeitor. Só que não, pois isso desagrega e descontenta os demais. Deixar o outro esperar um pouco mais para depois ajudar, agir satiricamente ou esboçar humor irônico e sarcástico, antes de uma ajuda dá a ilusão de alegria a quem tem esse perfil”. Com esse tipo de postura, mesmo oferecendo ajuda depois, isso nada tem de meritório, ao contrário, chega a ser perverso. Precisamos, cada vez mais, é de espontaneidade no ato de ajudar, de ser solidário.
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Esse tema me veio à mente, lendo um texto do psicólogo Jair Donato, intitulado justamente o prazer de negar. Tenho certeza de que não era esse o caso de meu pai, pois, no caso de nossa família, era uma questão de necessidade e sobrevivência. Mas, aproveitando tal texto, passei a refletir sobre essa postura de muitas pessoas que, efetivamente, parecem ter prazer em negar. Nesse caso, querendo tirar proveito da situação, para depois posar de gente boa, concedendo aquilo que negaram.
Donato afirma: “Quando ela nega e depois oferece, é como se reconquistasse algum poder, é o momento quando posa de benfeitor. Só que não, pois isso desagrega e descontenta os demais. Deixar o outro esperar um pouco mais para depois ajudar, agir satiricamente ou esboçar humor irônico e sarcástico, antes de uma ajuda dá a ilusão de alegria a quem tem esse perfil”. Com esse tipo de postura, mesmo oferecendo ajuda depois, isso nada tem de meritório, ao contrário, chega a ser perverso. Precisamos, cada vez mais, é de espontaneidade no ato de ajudar, de ser solidário.